Nesta quinta-feira, 18, a Petrobras anunciou mais um reajuste da gasolina e do diesel. Os preços subirão 10,2% e 15,1%, respectivamente, a partir de amanhã, 19.
A sequência de altas acompanha a recuperação das cotações internacionais do petróleo. Os aumentos são motivo de embate entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e governadores.
Em 2021, esse é o quarto reajuste da gasolina, que acumula alta de 34,7% desde janeiro, e o terceiro do diesel, que subiu 27,7% no mesmo período.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), os repasses elevaram o preço da gasolina nas bombas em 6,8% entre a última semana de dezembro e a semana passada. Além disso, o preço do diesel nos postos subiu 4,6% nesse intervalo.
Ainda há espaço para novo reajuste da gasolina e do diesel
Para analistas, mesmo com os elevados reajustes anunciados nesta quinta-feira, 18, ainda há espaço para novos aumentos nos preços internos dos combustíveis.
A Ativa Investimentos, por exemplo, diz que pode haver alta de mais 5%.
“Nosso melhor modelo aponta para um potencial reajuste, para cima, de mais 5%. Isso se dá uma vez que o preço da gasolina internacional segue sendo pressionado pelo preço do petróleo”, disse o economista da corretora de investimentos, Guilherme Sousa.
Ele ressaltou que, mesmo que a Petrobras não aumente imediatamente os 5% que faltam, ainda há potencial para isso no curto prazo.
Petróleo virou o ano em alta por conta da expectativa da retomada da economia global
O petróleo virou o ano em alta por conta da expectativa da retomada da economia global com o avanço da vacinação contra Covid-19.
No entanto, nos últimos dias, as cotações vêm sendo pressionadas pela onda de frio no Texas (EUA). A ocasião paralisou parte da produção local de petróleo e combustíveis.
Em nota, a Petrobras disse que “o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.
“Este mesmo equilíbrio competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020”, completou a estatal.
Preço de refinaria representa apenas parcela do valor pago pelo consumidor na bomba
O preço de refinaria representa apenas uma parcela do valor pago pelo consumidor na bomba. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, afirmou a Petrobras.
Dessa forma, a estatal fica com 33% do preço final da gasolina e com 51% do preço final do diesel. Os impostos estaduais correspondem a 28% e 14%, respectivamente.
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