De acordo com analistas do mercado financeiro, a queda do dólar pode chegar a aproximadamente 20% nos próximos meses.
As previsões começaram após a queda brusca da moeda norte-americana na última segunda-feira, 7.
Em algumas casas de câmbio, a comercialização estava na faixa de R$ 5,08, representando uma diminuição de 1,8% em relação ao último dia útil.
Somente no mês de novembro, o dólar caiu aproximadamente 10,7%, a queda mais expressiva dos últimos três meses.
Entenda o processo de queda do dólar
Mesmo que o dólar tenha perdido força no curto prazo, é necessário ficar de olho na movimentação financeira dos próximos meses.
Por mais que a moeda passe a apresentar sinais de alta, estudiosos do mercado financeiro acreditam que a curva de achatamento está próxima.
De acordo com o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, o dólar vem testando pontos importantes no gráfico de longo prazo. E, caso haja perda desses pontos, a desvalorização poderá se tornar ainda mais ampla.
Nesse caso, a expectativa é que a queda do dólar possa abrir espaço para cotações ainda mais baixas, entre R$ 4,20 a R$ 4,50 nos próximos meses.
“Entre as moedas analisadas pelo modelo, o dólar sobe no longo prazo apenas contra as moedas de Rússia, Turquia e Brasil. Assim, mesmo perto de 5,10 reais, o real está caro em relação a moedas emergentes (como México, África do Sul e Chile) e em relação a moedas de países exportadores de commodities (Austrália, Nova Zelândia e Canadá)”, disse à revista Exame.
Outro fator que deve ajudar a moeda brasileira ganhar valor de mercado, impulsionando a queda do dólar, está no retorno de investidores estrangeiros à Bolsa de Valores do país.
Esse movimento pode ser capaz de provocar a reversão da tendência de valorização da moeda no longo prazo.
Gostou do conteúdo? Então, não deixe de assinar a newsletter do iDinheiro e ativar as notificações do Push para receber todas as informações sobre o universo financeiro.