Preço do GNV em alta reduz renda de motoristas de aplicativo e taxistas

Repasse de reajuste da Petrobrás levou à alta do preço do GNV, que é o maior já registrado pela ANP. Custo médio na semana passada foi de R$ 3,80/m³.

Escrito por Isabella Proença

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A alta do preço GNV bateu recorde no Brasil, afetando diretamente a vida financeira de motoristas de aplicativo e taxistas que utilizam o combustível.

No Rio de Janeiro, principal mercado consumidor do gás natural veicular, de acordo com o sindicato da categoria, o aumento está fazendo com que alguns motoristas deixem de trabalhar.

De acordo com a pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), em apenas 30 dias o preço médio do gás natural veicular teve uma alta de 17%, reflexo do reajuste de 39% no preço do combustível, concedido no dia 1º de maio pela Petrobrás.

Ainda segundo dados fornecidos pela agência, o motorista brasileiro nunca pagou um valor tão elevado pelo GNV, que semana passada custava em média R$ 3,80 por metro cúbico.

Com informações da Folha de S. Paulo.

Alta no preço do GNV

Esse é o segundo maior valor da série histórica da ANP, que se iniciou em 2004, ficando atrás somente da semana anterior, quando o preço chegou a R$ 3,83, em média.

A subida vem gerando manifestações entre os motoristas, que cobram do governo a promessa feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no início do mandato do presidente Jair Bolsonaro, de reduzir o preço do gás natural.

O ministro prometeu um “choque de energia barata” com a redução do papel da Petrobrás no mercado de gás e a aprovação do novo marco regulatório do setor.

No entanto, 2 anos já se passaram, e a estatal continua como a principal fornecedora do país.

O presidente Jair Bolsonaro classificou como “inadmissível” o reajuste anunciado em abril de 39%, que causou um forte impacto na desvalorização do real frente ao dólar.

Contudo, o repasse aos consumidores depende da legislação de cada estado. No Rio de Janeiro, por exemplo, é automático. Já em São Paulo, deve acontecer quando as tarifas das distribuidoras de gás canalizado serão reajustadas, dia 31 de maio.

Impacto na renda de motoristas de aplicativos e taxistas

Em entrevista à Folha de São Paulo, o diretor de Comunicação do Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro, Vagner Monteiro, disse que: “muitos colegas estão deixando os táxis parados e buscando outra alternativa de trabalho porque não conseguem mais ganhar o suficiente para sustentar suas famílias”.

De acordo com ele, para impedir o desperdício de combustível, os taxistas da cidade passaram a ficar mais tempo parados nos pontos ao invés de rodarem em busca de passageiros.

“Tivemos que mudar a maneira de trabalhar”, afirma ele, que estima uma perda de cerca de 40% no faturamento diário da categoria. Devido à grande concorrência com aplicativos de transporte, as tarifas de táxi do Rio estão congeladas há 3 anos.

Vale ressaltar que o transporte por aplicativo tem sido uma das principais alternativas ao desemprego no Brasil, desde a crise de 2014.

Mesmo em lados opostos, no embate de prestar o serviço, taxistas e motoristas de aplicativos concordam que a perda da renda pode causar um aumento de acidentes nas cidades, por haver profissionais trabalhando por até 15 horas por dia.

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