Como o aumento no preço dos combustíveis afeta o seu bolso no dia a dia

Transporte público e compras online podem ter o preço afetado pela alta nos combustíveis. Veja outros serviços pressionados pelas oscilações.

Escrito por Cindy Damasceno

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As oscilações no preço dos combustíveis não chegam somente às bombas de gasolina. As altas consecutivas anunciadas pela Petrobras em 2021 também pressionam outros serviços no dia a dia. O valor do óleo diesel, do gás natural e do etanol afetam toda a cadeia produtiva do país, o que chega direta e indiretamente ao bolso do consumidor final.

A pressão, inclusive, aparece no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil. Se em março de 2021 o índice inflacionário foi o maior dos últimos seis anos (de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o incremento no IPCA foi de 0,93%), o motivo está nos derivados de petróleo.

Em entrevista à Agência de Notícias do IBGE, o gerente da pesquisa sobre o IPCA, Pedro Kislanov, atribui o impacto das movimentações. “A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento”, explica.

Como o preço dos combustíveis afeta o dia a dia

O economista Edmar Luiz de Almeida observa: nem todos os setores têm a mesma resposta às altas. “O efeito do aumento não é igual. No caso do gás natural, o principal setor afetado é a indústria de insumos básicos: química, siderúrgica, vidro, cimento e alumínio”, adiciona o professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O diesel afetaria o setor agrícola e os segmentos que dependem de transporte. Enquanto isso, os aumentos na gasolina e no álcool afetam o setor de serviços e turismo.

Embora as alterações sejam visíveis, elas não acontecem de forma imediata, garante a técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Andreia Parente.

“Muito produto já foi comprado e está em estoque. Mas quando esse revendedor for fazer um novo pedido provavelmente vai pagar um frete maior”, conta.

Além disso, as alterações de preço também aparecem no longo prazo, principalmente no transporte público. As correções podem demorar a chegar até o valor do bilhete. Porém, as empresas adicionam o custo com o combustível na hora de negociar novos valores junto à administração pública. “Fica ‘guardadinho’ para o ano que vem”, finaliza Andreia.

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