Descontada a inflação, a poupança tem perda de quase 2% na janela de 12 meses terminados em novembro. O levantamento é da provedora de informações financeiras Economatica, com base nos resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado.
Esse é o terceiro mês seguido que a caderneta de poupança termina o período de 12 meses sem ganho real, em cenário de aceleração da inflação. Em outubro, as perdas foram de 1,40% e, em setembro, de 0,46%.
Com informações do G1.
Em novembro, IPCA tem alta de 0,89%
Na última terça-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do IPCA de novembro, com uma alta de 0,89% para o mês e maior alta neste período em 5 anos.
De acordo com a Economatica, a perda de quase 2% da poupança em novembro bate o recorde negativo do mês anterior, que era o pior resultado para a poupança no acumulado em 12 meses desde fevereiro de 2016, quando a rentabilidade ficou negativa em 1,95%.
Perda da rentabilidade da poupança tem relação ao novo patamar da Selic
A perda de rentabilidade da poupança está diretamente relacionada ao novo patamar da taxa de juros. Com a Selic em 2% ao ano, mínima histórica do índice, tanto a poupança como outros investimentos de renda fixa tiveram ganhos achatados.
Pelas regras atuais, a poupança tem um rendimento correspondente a 70% da taxa básica de juros. Logo, passou a render 1,4% ao ano ou 0,12% ao mês.
Já a inflação acelerou nos últimos meses. O último boletim Focus, do Banco Central, revisou a expectativa do IPCA de 3,54% para 4,21% neste ano.
Em 2019, a poupança já tinha ficado sem ganho real, com perda de 0,05% quando descontado o IPCA. A última vez que isso ocorreu foi em 2015.
A chamada “velha poupança”, que são os depósitos feitos na poupança até maio de 2012, continua rendendo 6,17% ao ano, mais que o triplo da Selic.
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