Os planos de saúde vão aumentar no ano que vem e os clientes devem se preparar para um aumento que pode chegar a 35%.
A previsão é do portal UOL, levando em conta o reajuste previsto para 2021 e a alta aprovada para 2020.
Continue lendo e entenda.
Planos de saúde vão aumentar ano que vem
Devido à pandemia, a Agência Nacional de Saúde (ANS) suspendeu os reajustes que seriam aplicados em 2020 sobre os planos coletivos (15%) e individuais (8,14%).
Dessa forma, decidiu-se que o aumento — que valeria entre setembro e dezembro — ocorrerá em 12 parcelas a partir de janeiro de 2021.
No mesmo mês, os reajustes de 15% (planos coletivos) e 8,14% (planos individuais) também entrarão em vigor.
Confira a análise no UOL.
Entidades tentam embargar aumento
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) se uniu à Defensoria Pública e solicitou que a ANS comprove a necessidade de parcelar o aumento referente a 2020 ao longo de 2021.
Além disso, o IDEC pediu na Justiça em outubro o cancelamento de todos os reajustes repassados entre os meses de março e agosto.
O argumento é a rentabilidade das operadoras durante a pandemia, que já chega a quase R$ 30 bilhões entre março e setembro, conforme o último boletim da agência.
Nesse período, as empresas receberam um total de R$ 101,3 bilhões em mensalidades dos segurados e repassaram a clínicas e hospitais R$ 71,5 bilhões.
Esse dinheiro extra veio devido aos adiamentos e cancelamentos de serviços médicos por conta da crise sanitária.
Ainda de acordo com a ANS, a taxa que verifica o número de vezes que os planos tiveram acionamento teve uma queda de 79% (média dos últimos quatro anos) para 62% em junho (o mais baixo do ano).
Em setembro passou a se recuperar lentamente , chegando a 73%.
Posição da ANS e dos planos
De acordo com a ANS, foi feito o possível ao retardar o reajuste deste ano e “diluir o pagamento” em 2021 a fim de “minimizar o impacto aos beneficiários e preservar os contratos”.
Em nota, a agência diz que o reajuste respeitou as despesas de 2018 e 2019. Também afirmou que a diminuição da oferta de serviços médicos terá impacto de fato “no reajuste referente a 2021”.
Ademais, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne os 16 maiores planos, defende a mesma tese.
Para a entidade, “não faz nenhum sentido” suspender os reajustes “definidos pela ANS” em função de resultados financeiros, “que são parciais, registrados por algumas operadoras na pandemia”.
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