Na última quinta-feira, 8, de acordo com conversas nos bastidores, autoridades da pasta e outras instâncias governamentais, o relator do PL 591/21, deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), finalizou seu parecer e o texto sobre a privatização dos Correios seguiu para votação na Câmara. Com isso, o processo deve avançar nos próximos dias.
No entanto, o deputado não afirmou se de fato incluiu a proposta de vender 100% dos Correios no texto que será apresentado aos parlamentares.
No início desta semana, o secretário de desestatização do ministério da Economia, Diogo Mac Cord, revelou que a empresa deve ser vendida a um comprador único.
Com informações da Exame e do portal Terra.
PL da privatização dos Correios
O projeto de lei 591/21, também conhecido como marco regulatório do setor postal, dá espaço para privatização dos Correios ao encerrar o monopólio da estatal.
Algumas questões deverão ser discutidas no Congresso, como o modelo de venda da empresa. Além disso, também está em pauta se alguma parte do serviço seguirá sob a responsabilidade do governo.
Essas decisões são importantes para definir o valor de venda da companhia.
Quem pode comprar os Correios?
O governo está mantendo contato com empresas e investidores interessados no negócio neste primeiro momento, como marketplaces e grandes empresas do setor de logística.
O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, acredita que, entre as varejistas, as mais interessadas nos Correios seriam companhias que já atingiram um nível consolidado de ecossistemas de varejo, como a Amazon e a Alibaba.
Ele avalia que varejistas como Magazine Luiza e Mercado Livre, relevantes no mercado brasileiro, ainda não alcançaram esse patamar. “Seria uma operação maior do que a maturidade dessas empresas. Para qualquer uma delas, hoje, seria um salto”, analisou em entrevista ao portal Terra.
Em nota, o Mercado Livre disse não estar interessado nos Correios, embora siga ampliando sua rede logística. “Entretanto, a empresa acompanha as discussões sobre a privatização da estatal e está aberta a contribuir com os agentes públicos para que o processo de privatização seja eficiente para o Brasil e para os nossos usuários”, acrescenta.
Já a Amazon, que em setembro negou que existiam conversas sobre uma possível compra dos Correios, afirmou em nota que “não comenta rumores e especulações”.
Procurado, o Magazine Luiza também preferiu não comentar. A Simpar, que sinalizou publicamente interesse nos Correios no ano passado, não respondeu o veículo.
A DHL, por sua vez, disse que não comenta sobre especulações de mercado sobre potenciais fusões e aquisições. “No momento, não temos planos para atingir o crescimento de nosso negócio postal por meio da participação no processo de privatização de outros serviços postais no exterior”, complementou.
Já a FedEx escreveu em nota que monitora continuamente o mercado por oportunidades para expandir os negócios no Brasil e em outras regiões, mas, por política da empresa, não comenta especulações referentes à estratégia de negócio.
Em setembro do ano passado, o ministro das comunicações Fabio Faria havia dito que a varejista Magazine Luiza, a gigante do e-commerce Amazon, e as empresas de logística FedEx e DHL estariam interessadas
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