Copom eleva a taxa Selic para 13,75%; entenda os impactos

A taxa Selic aumentou pela décima segunda vez seguida. Veja os efeitos do aumento no seu bolso.

Escrito por Rafaela Souza

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu pela décima segunda alta consecutiva na Selic nesta quarta-feira, 03. A taxa básica de juros da economia subiu 0,5 p.p., chegando a 13,75% ao ano.

A alta já era esperada por analistas do mercado financeiro. Segundo a nota divulgada pelo Banco Central nesta quarta, o aumento está ligado ao cenário atual da inflação brasileira.

“O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2023 e, em grau menor, o de 2024”, afirmou o BC.

Entenda os impactos da alta da Selic para o seu bolso

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve como base para a definição de outras taxas, como as usadas para empréstimos e financiamentos.

O cálculo da Selic é feito a partir de inúmeros fatores econômicos na reunião do Copom, que acontece a cada 45 dias para fixar um valor para a taxa. Este número é denominado de Selic Meta ou Meta Selic e pode aumentar, diminuir ou se manter estável. 

Nesse sentido, o aumento de 0,5 p.p definido nesta quarta-feira impacta a vida do consumidor de diferentes formas, como:

  • Aumento de taxas bancárias;
  • Aumento nas taxas de juros de empréstimos, financiamentos e cartão de crédito;
  • Investimentos em renda fixa, como o Tesouro Direto, passam a render mais com a alta da Selic.

Especialistas comentam a decisão do Copom

De acordo com Letícia Cosenza, especialista em Renda Fixa da Blue3, como a alta já era prevista pelo mercado, um dos pontos importantes da decisão do Copom era a perspectiva sobre um novo aumento na próxima reunião, prevista para setembro:

“Além da alta em si, eles sinalizaram uma possibilidade de um aumento de menor magnitude na reunião de setembro, olhando as necessidades ainda da política monetária. Dessa forma, provavelmente já estamos chegando no fim do ciclo de altas”, ressalta a especialista.

Para além disso, João Beck, economista e sócio da BRA, projeta alguns impactos na economia nos próximos meses:

“Uma alta de Taxa Selic causa um impacto na economia com uma defasagem grande, pelo menos acima de 12 meses. Então, sabemos que a economia brasileira teve alguns sinais de aquecimento recentes como gerações de empregos principalmente, consumo e serviços, mas ainda tem bastante impacto dessa alta da Selic para acontecer na economia, reduzindo um pouco a atividade na segunda metade do fim do nosso ano”, explica.

Ainda sobre as perspectivas futuras, segundo uma análise dos economistas que fazem parte do Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), essa alta anunciada pelo Copom hoje deve encerrar o ciclo de alta dos juros deste ano, com a Selic mantendo esse patamar até o fim de 2022. Já em 2023, o colegiado prevê que a taxa fique em 10,50%, acima da projeção feita em junho, de 9,75%.

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