Moeda digital brasileira: Banco Central avança após testes na China e estuda modelo de emissão

Banco Central avança com moeda digital brasileira e prepara relatórios com opções para implementação até o fim de 2022. Entenda cenário.

Escrito por Isabella Proença

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O Banco Central optou por avançar com a moeda digital brasileira e o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, disse que logo trará novidades sobre o lançamento do dinheiro digital oficial, que vem sendo planejado pela autoridade monetária do país já há algum tempo.

Logo após o governo chinês iniciar a fase de testes de sua moeda virtual (e-yuan), o Banco Central do Brasil anunciou progressos sobre essa questão.

De acordo com o BC, os estudos na área estão bem avançados. Em agosto de 2020, foi criada a primeira etapa do cronograma para a apresentação da moeda digital brasileira e um grupo de trabalho para debater os benefícios, impactos e custos do novo modelo monetário.

A partir desse momento, o Banco Central iniciou a elaboração de um relatório aprofundado, com opções para o dinheiro virtual ser implementado até o fim do ano que vem. A Diretoria Colegiada ficará responsável por levar o projeto adiante ou não, após analisar o relatório. 

Presidente do Banco Central defende modelo de moeda digital brasileira 

O presidente do Banco Central defende amplamente o novo modelo. O objetivo do BC com a efetivação do sistema de pagamentos instantâneos, como PIX e o Open Banking, é que ambos levem à criação de uma moeda digital.

O sistema financeiro aberto, ou Open Banking, abre portas para que o consumidor compartilhe dados pessoais com outras instituições à procura de condições melhores de produtos financeiros e crédito em uma plataforma única.

Além da pandemia da Covid-19, que acelerou o movimento de digitalização de pagamentos, para especialistas, o avanço da China no tema deve induzir outros países a se apressarem na implementação de suas moedas virtuais, inclusive o Brasil.

“Tenho certeza que [a moeda digital chinesa] vai dar impulso. Com a China saindo na frente, todos foram provocados a pensar sobre o assunto. Existe um problema de oferta e demanda, já que é um projeto que exige investimento. Então, a discussão é se teria aceitação por parte da população”, disse o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pesquisador da área de tecnologia, Eduardo Diniz, à Folha de S. Paulo.

Dinheiro virtual oficial

No mundo, nenhum país possui dinheiro virtual oficial. A emissão da moeda digital pelo governo, chamada de Central Bank Digital Currency (CBDC), está em fase final de implementação na China.

No início de 2021, Pequim concedeu recursos virtuais para a população chinesa, por meio de downloads via celular, para que as pessoas testem e avaliem o novo recurso.

Se o Brasil avançar rapidamente no projeto, pode ser um dos precursores. A CBDC funcionaria como uma espécie de complemento ao PIX e seria distribuída pelo sistema financeiro da mesma forma como é feito com o dinheiro físico, só que na esfera digital.

A diferença entre o dinheiro virtual e as criptomoedas que já existem no mercado, como os bitcoins, é que a moeda emitida pelo Banco Central seria parecida com o papel-moeda, administrada e assegurada pelo Estado, enquanto as outras não oferecem garantias.

A distribuição das moedas e das cédulas será feita por meio da rede bancária, porém, o consumidor não necessita ter uma conta em banco nas transações com papel-moeda. Uma vez que para utilizar a moeda virtual, ele precisaria ter uma conta bancária. O objetivo maior do BC é minimizar a demanda por papel-moeda para diminuir custos. 

De acordo com levantamento feito por servidores da própria autarquia, em 2019, foram R$ 90 bilhões gastos com armazenamento, transporte e segurança de numerário, o que compreende todos os custos com carro-forte e procedimentos obrigatórios de segurança.

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  1. Pablo Nazaré

    Não entendi os comentários de que o Brasil está atrasado, só o fato de estar pesquisando já o torna um dos primeiros precursores. Se fosse em outras áreas eu concordaria, mas em moeda digital não, o pix já é muito bom, quando melhorarem as segurança ficará excelente senão perfeito e com as moedas digitais então…

  2. Marcos Jacuru

    Show moeda digital assegurada pelo banco central muito bom….
    Agora já que o governo vai economizar 90 bilhões, que tal passar um rendimento melhor pro correntista assim como as consultorias de criptomoedas??????,

  3. Rafael Bustamante

    Interessante o modelo que o estado vai adotar para o total controle monetário dos cidadãos. Daqui pra frente vou valorizar ainda mais o dinheiro em espécie.

  4. Não vejo uma mudança satisfatória. O público que utilizará a moeda digital será o mesmo que utiliza o PIX e cartões no dia a dia…

  5. Lucas

    A diferença. Que o país foi descoberto para ser explorado, para extraí matéria do Brasil e investir em outro país. Diferente de muitos países, foi explorado mais para seu próprio desenvolvimento

  6. Vilson wille

    Brasil está atrasado em tudo , foi descoberto em 1.500 .
    Os espanhóis chegaram ao continente americano em 1492, e, no território dos atuais EUA, foram os primeiros europeus a estabelecerem-se.
    São apenas 8 anos de diferença , porém em outros quesitos são décadas de diferença.

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