Em ano de pandemia e recessão econômica, o Brasil fechou 2020 com a maior redução no PIB, o Produto Interno Bruto. A diminuição de 4,1% foi calculada em relação a 2019. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira, 3. Em valores correntes, o indicador alcançou R$ 7,4 trilhões,
É a maior redução desde 1996, início da série histórica atual do IBGE. Outra queda similar só ocorreu em 2015. Naquele ano, de acordo com o Instituto, a diminuição registrada foi de 3,5%. O PIB per capita também indicou contração recorde. A queda do indicador, em relação a 2019, foi de 4,8% — o equivalente, em valores correntes, a R$ 35.172.
A queda aparece depois de um crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%, de acordo com o IBGE. Quando considerada a série histórica antiga, iniciada em 1948, o tombo de 2020 foi o maior dos últimos 30 anos. De acordo com os índices de 1948, as maiores retrações registradas no país ocorreram em 1981 e 1990, quando houve queda de 4,3% do PIB em ambos os anos.
O que está por trás da maior redução do PIB do Brasil?
O IBGE avalia a pandemia como uma das principais influências na queda do PIB. Setores ligados a serviços prestados à família foram os que sofreram mais impactos no ano passado, com contração de 4,5%. A queda da categoria, que engloba restaurantes, academias, hotéis e transportes, tem relação com o isolamento social, necessário para conter o avanço da Covid-19.
Veja as variações por setor
- Outras atividades de serviços (-12,1%)
- Transporte, armazenagem e correio (-9,2%)
- Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-4,7%)
- Comércio (-3,1%),
- Informação e comunicação (-0,2%)
- Seguros e serviços relacionados (4,0%)
- Atividades imobiliárias (2,5%)
- Agropecuária (2,0%)
Os serviços têm um dos maiores pesos na economia do Brasil. Juntos, eles representam mais de 60% das atividades do país. São mais de 55 milhões de brasileiros empregados na categoria.
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