Inflação medida pelo IPCA tem maior alta desde 2002; entenda

Acumulado da inflação medida pelo IPCA já é de 8,99% nos últimos 12 meses, acima dos 8,35% registrados nos 12 meses anteriores.

Escrito por Isabella Proença

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Nesta terça-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o reajuste nos preços para as famílias que possuem renda de um a quarenta salários mínimos, teve alta de 0,96% em julho.

Esses números apontam o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta foi de 1,19%. O indicador já acumula alta de 4,76% no ano e 8,99% em 12 meses, ficando acima dos 8,35% registrados nos 12 meses anteriores.

Essa é a maior taxa desde maio de 2016, quando o IPCA ficou em 9,32% em 12 meses. Em julho de 2020, a taxa mensal foi de 0,36%; e em junho deste ano, 0,53%.

De acordo com o IBGE, 8 dos 9 grupos pesquisados apresentaram alta no mês, com o impacto maior vindo da alta de 3,10% na habitação, pressionada pelo aumento de 7,88% na energia elétrica.

Com informações da Agência Brasil.

Aumento da energia elétrica também foi analisado

O reajuste tarifário da energia elétrica por região foi de 8,97% em Curitiba; 11,38% em São Paulo e 9,08% em uma das concessionárias de Porto Alegre. A energia elétrica acumula em 12 meses um reajuste de 20,09%.

De acordo com o analista da pesquisa, André Almeida, muitas vezes esse custo é repassado pelo comércio ao consumidor final com o grande peso da energia elétrica.

“Além dos reajustes nos preços das tarifas em algumas áreas de abrangência do índice, tivemos o aumento de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em todo o país. Antes, o acréscimo nessa bandeira era de, aproximadamente, R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos e , a partir de julho, esse acréscimo passou a ser de R$ 9,49”, explicou.

Alta no grupo dos transportes foi de 1,52%

O analista da pesquisa destacou em seguida o aumento no grupo dos transportes, que teve alta de 1,52%, puxado pelas passagens aéreas, que tiveram alta de 35,22% após a queda de 5,57% em junho. O transporte por aplicativo passou de -0,95% para 9,31% de um mês para o outro e o aluguel de automóvel subiu de 3,99% em junho para 9,34% em julho.

Os combustíveis subiram 1,24% em julho, logo depois de aumentarem 0,87% no mês anterior. A gasolina aumentou 1,55% no mês e já acumula, em 12 meses, um reajuste de 39,65%. Já o etanol teve queda de 0,75% no mês, porém, em 12 meses, acumula alta de 57,27%. O óleo diesel subiu 0,96% no mês e em 12 meses soma 36,35% de reajuste.

Alimentos e bebidas subiram

O grupo de alimentos e bebidas teve alta de 0,60%, acima da taxa de junho (0,43%). O item “alimentação no domicílio” saltou de 0,33% em junho para 0,78% em julho, puxado pela alta das carnes (0,77%), do leite longa vida (3,71%), do frango em pedaços (4,28%) e do tomate (18,65%).

As quedas no mês ficaram por conta do preço do arroz (-2,35%), da batata inglesa (-12,03%) e da cebola (-13,51%). O acumulado em 12 meses ficou em 34,28% para as carnes, 42,96% para o tomate, 11,29% para o leite longa vida e 21,88% para o frango em pedaços.

A batata inglesa teve queda de 19,71% em 12 meses e a cebola diminuiu 40,38%. O arroz, mesmo com a queda no mês, em 12 meses acumula alta de 39,69%.

Segundo Almeida, vários fatores contribuíram para a alta da inflação. “Ao longo dos últimos 12 meses tivemos uma alta nos combustíveis e na energia elétrica, itens que pesam bastante no orçamento das famílias. A gasolina é o item com maior peso no IPCA. As carnes também, todos esses fatores contribuíram para esse aumento”, explicou o analista.

O único grupo que teve queda nos preços no mês de julho foi o de cuidados pessoais e saúde, que diminuiu 0,65% com a redução dos preços dos planos de saúde (-1,36%). Por região, entre as 16 capitais pesquisadas, o maior índice ficou por conta do estado de Curitiba (1,60%) e o menor foi o de Aracaju (0,53%).

INPC acelerou em 1,02%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos, acelerou 1,02% em julho após uma alta de 0,60% no mês anterior. A alta acumulada em 12 meses chega a 9,85%, acima dos 9,22% dos 12 meses imediatamente anteriores. No mês de julho de 2020, o indicador ficou em 0,44%.

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