Inflação medida pelo IPCA fica em 0,67% em junho e atinge 11,89% em 12 meses

Índice acelera em junho e registra a maior taxa para o mês desde 2018 Entenda o cenário e as expectativas para o futuro.

Escrito por Rafaela Souza

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A inflação brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficou em 0,67% em junho, após alta de 0,47% em maio. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (08), essa é a maior taxa para o mês de junho desde 2018, quando o IPCA ficou em 1,26%.

No ano, o IPCA acumula alta de 5,49%, o que representa a maior taxa acumulada nos seis primeiros meses do ano desde 2015, quando o índice ficou em 6,17%. Já nos últimos 12 meses, o índice acumulado é de 11,89%, acima dos 11,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O IBGE define o IPCA a partir de uma pesquisa de preços que observa a quantidade de produtos e serviços que registraram alta de preços em determinado mês. O índice leva em consideração itens dos seguintes grupos: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.

Diante desse cenário, entenda o que impactou o índice em junho e quais são as expectativas de especialistas para o futuro da inflação brasileira.

Inflação de junho: Saiba o que influenciou o índice

Segundo os dados do IBGE, os nove grupos analisados tiveram alta de preço no mês de junho, sendo que a maior variação foi registrada no grupo Vestuário – alta de 1,67%.

Veja como ficou a inflação de maio para cada um dos grupos pesquisados pelo Instituto:

  • Alimentação e bebidas: 0,80%
  • Artigos de residência: 0,55%
  • Comunicação: 0,16%
  • Despesas pessoais: 0,49%
  • Educação: 0,09%
  • Habitação: 0,41%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,24%
  • Transportes: 0,57%
  • Vestuário: 1,67%
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Vilões da inflação em junho

Os vilões da inflação no mês de junho foram os planos de saúde, as passagens aéreas (assim como em maio) e o óleo diesel. Além disso, especificamente no grupo de Alimentação e Bebidas, o resultado de 0,80% foi influenciado pela alta dos alimentos para consumo fora do domicílio. Segundo o Instituto, a refeição passou de 0,41% no mês anterior para 0,95% em junho, enquanto o lanche foi de 1,08% para 2,21%. Também houve alta em alguns alimentos para consumo em domicílio, como o leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%).

IPCA – Histórico da inflação oficial mês a mês

Expectativas para o futuro

O resultado da inflação medida pelo IPCA em junho foi um pouco abaixo do esperado. Segundo o economista chefe do Banco Original Marco Caruso, a projeção era de que o índice ficasse em 0,71% ao mês:

“Apesar da variação positiva dos preços, o índice de difusão dos alimentos saiu de 65% para 62% em junho. Entretanto, o destaque dessa divulgação são os preços monitorados, consequência de reajustes nos planos de saúde, taxas de água e esgoto, gás encanado e diesel. Sobre os combustíveis, a LPC194, que reduz imposto federal e ICMS, passou a vigorar no dia 23 de junho, dentro da data de corte do IPCA de junho. Então, o número já refletiu um pouco do corte de impostos – o que poderia explicar a deflação observada na gasolina”, avalia.

Ainda de acordo com o Marco, o corte do ICMS sobre combustíveis deve contribuir para uma desinflação de 0,8% no IPCA de julho, ao mesmo tempo em que haverá uma contribuição crescente de itens mais inerciais da cesta de consumo. Assim, a projeção do especialista é de o que o IPCA seja de 7,3% em 2022.

Essa expectativa de que a redução do ICMS tenha impacto nos índices dos próximos meses é compartilhada pelo economista e sócio do BRA João Beck: “Houve reduções de inflação que começaram na virada do mês de junho e o último dia de coleta pelo IBGE para o IPCA de junho foi 29/06. Ou seja, o IPCA de julho deve ser negativo por causa da redução do ICMS“.

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