A inflação em 2020 atingiu a maior alta desde 2016, fechando o ano em 4,52%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira, 12. Esse número representa um valor acima do centro da meta estipulado para o período, que era de 4%.
O resultado foi pressionado em parte pelo preços dos alimentos, que teve uma alta acumulada de 14,09%. Esse é o maior número registrado desde 2002, quando a alta desse grupo representou 19,42%.
Com informações do G1.
Entenda sobre a alta da inflação em 2020
O resultado da inflação em 2020 veio acima do esperado pelos analistas do mercado financeiro. De acordo com a última pesquisa do Boletim Focus, do Banco Central (BC), a inflação esperada para o período era de 4,37%.
Esse foi o segundo ano consecutivo em que as estimativas ficaram abaixo do concretizado. Em 2019, o IPCA foi de 4,31%, onde o valor esperado era de 4,25%.
Em dezembro, o índice ficou em 1,35%, representando boa parte da alta da inflação em 2020. O número ficou acima do registrado em novembro, que era de 0,89%.
Essa foi a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice do mês de dezembro desde 2002 (2,10%).
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como base para o reajustes de produtos e benefícios previdenciários, ficou em 5,45%.
Setores mais impactados
Os alimentos foram um dos grandes responsáveis por impactarem de maneira direta nos resultados do IPCA do ano passado.
Segundo o IBGE, alimentos e bebidas responderam sozinhos por quase metade da inflação em 2020, com um impacto direto de 2,73% sobre o índice geral.
Entre os principais destaques, ficaram o óleo de soja, representando um acúmulo de 103,79% e o arroz, de 76,01%.
A habitação ficou em segundo lugar da lista da inflação em 2020, acumulando uma alta aproximada de 5,25%, impulsionada pelo custo da energia elétrica.
Conheça abaixo cada um dos 9 grupos responsáveis pela inflação em 2020.
- Alimentação e bebidas: 14,09%
- Habitação: 5,25%
- Artigos de residência: 6%
- Vestuário: -1,13%
- Transportes: 1,03%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,5%
- Despesas pessoais: 1,03%
- Educação: 1,13%
- Comunicação: 3,42
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