Selic: impacto da alta terá pouco efeito sobre juros finais, avalia Anefac

A alta da Selic, comunicada na última quarta, 17, pelo Banco Central, não terá muito impacto sobre os juros. Entenda os motivos

Escrito por Cindy Damasceno

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O aumento na taxa Selic não terá tanto impacto nos juros finais no momento. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), as taxas cobradas dos consumidores e das empresas sofrerão poucos efeitos após a elevação. Isso porque, articula a entidade, existe uma diferença entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o que dilui o impacto na ponta

Nas avaliações da Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 93,76% para 95,08% ao ano. Já para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 41,97% para 42,96% ao ano. A Selic é a taxa de juros básica da economia. O índice para 2021 foi decidido na última quarta, 17, pelo Banco Central: 2,75%. No ano passado, o índice era de 2%. 

Impacto da Selic em 2021

Mesmo com o baixo impacto, consumidores e empresas ainda devem gastar muito para contratar linhas de crédito. Veja como alguns setores serão afetados:

Cheque especial, compras parceladas e financiamento

A simulação da Anefac aponta para um aumento no parcelado. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, por exemplo, o comprador desembolsará R$ 6,82 a mais com a nova taxa Selic. Já o cliente que entra no cheque especial com R$ 1 mil (20 dias), pagará R$ 0,40 a mais.

No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 15,43 a mais por parcela e R$ 925,63 a mais no total da operação.

Cartão de crédito

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,80 a mais. 

Empréstimo pessoal

Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 21,75 a mais após o pagamento da última parcela. Caso a solicitação ocorra em agente financeira, o processo sairá R$ 14,23 mais caro. 

Empresas

As pessoas jurídicas também sentirão de alguma forma a alteração. As empresas pagarão R$ 91,99 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias; R$ 36,92 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 4 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias. 

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