O Ibovespa zerou as perdas de 2020 e conseguiu recuperar o patamar alcançado antes das grandes movimentações do mercado ocasionadas pela Covid-19. O resultado é da última terça-feira, 15.
No dia de ontem, o principal índice acionário do Brasil encerrou o pregão com ganhos de 1,34%, chegando ao patamar dos 116.148 pontos.
Com esse resultado, a Bolsa brasileira conseguiu se recuperar desde a mínima histórica anual, em 23 de março, quando chegou aos 63.569 pontos.
Esses números, inclusive, representam um crescimento de 83% apenas este ano, encerrando o ciclo de recuperação do mercado diante do início ruim de 2020.
Ibovespa zera perdas – Entenda a situação
O segundo semestre do ano foi determinante para que o resultado fosse positivo e o Ibovespa zera perdas acumuladas ao longo de todo 2020.
De setembro a novembro, a retomada dos investidores estrangeiros à B3 se tornou determinante para que os índices começassem a subir.
Além disso, segundo o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, um dos principais pilares para a retomada da Bolsa ao longo do ano foi justamente a rodada de estímulo dos bancos centrais.
Devido a isso, qualquer novidade sobre o assunto se tornava um estímulo para aplicações em renda variável, disse à Folha de S. Paulo.
Somente em novembro, a Bolsa teve a maior alta desde 2016, quando os estrangeiros, de fato, voltaram a realizar aplicações no país e o acúmulo mensal foi de R$ 30 milhões.
Ainda existe espaço para crescimento?
Alguns especialistas acreditam que existe espaço para crescimento, mesmo que o Brasil ainda não tenha conseguido a mesma recuperação de países estrangeiros.
Para o estrategista-chefe da Clear Corretora, Roberto Indech, a possibilidade de crescimento é grande, mesmo com a boa recuperação do mercado.
O Brasil ainda está longe de compensar o total de retiradas de capital acumuladas de janeiro a outubro.
“Continuamos atrás das principais bolsas do mundo em desempenho este ano. E a taxa Selic deve continuar, mesmo se elevada no primeiro semestre de 2021, em um nível muito baixo. Isso acaba favorecendo a busca por ativos de renda variável”, disse à InfoMoney.
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