Com a alta do diesel, a greve dos caminhoneiros, marcada para o próximo dia 25, ganha força. É o que diz o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Nestor Dias.
“Há uma semana, deixamos claro na reunião com o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, que se o diesel subisse, afetaria seriamente não só os caminhoneiros, mas a sociedade em geral, que já está muito pressionada”, disse. Além disso, Luna acrescentou que houve um pedido para que o preço desse combustível não subisse.
Com informações da Exame.
“Vamos traçar nossa estratégia para ninguém sair prejudicado, mas vai ter greve”, diz o presidente do CNTRC
“Meu celular não parou o dia todo, são caminhoneiros querendo saber o que aconteceu. Vamos traçar nossa estratégia para ninguém sair prejudicado, mas vai ter greve“, informou o presidente do CNTRC. Apesar de ter baixo impacto na inflação oficial (IPCA), a alta do diesel afeta toda a cadeia produtiva, que depende do frete rodoviário para distribuição no país.
Petroleiros também criticam o novo aumento dos combustíveis
Os petroleiros também criticam o novo aumento dos combustíveis. Segundo o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, o aumento veio da pressão de importadores de combustíveis e de investidores do mercado financeiro.
“O novo aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias anunciado hoje pela Petrobras é mais uma clara demonstração da equivocada política de preço de paridade de importação (PPI), adotada pelo governo Bolsonaro contra a população brasileira e que penaliza sobretudo os mais pobres”, afirmou o sindicalista.
Ele chamou a atenção para o impacto que esses aumentos terão na inflação em efeito cascata, que, junto com a elevação das tarifas de energia elétrica, achatam a renda do trabalhador.
“É inadmissível que com este novo aumento no gás de cozinha nas refinarias da Petrobras, a partir desta terça-feira, o sexto aumento somente neste ano, o gás de cozinha já acumule uma alta de 37,9%. Ou seja, em sete meses, o aumento do gás de cozinha já é quase cinco vezes a inflação de um período de um ano”, ressaltou Bacelar.
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