Spoofing? Phishing? Golpe virtual em e-mails aumentam na pandemia; Veja como se proteger

A virtualização das rotinas deixou o brasileiro mais exposto ao recebimento de golpes virtuais. Mas como se proteger das ofensivas durante a pandemia?

Escrito por Cindy Damasceno

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Com a rotina doméstica e corporativa voltada para o remoto durante a quarentena, os brasileiros estão mais expostos a receber um golpe virtual na pandemia. É que, em paralelo ao aumento do tempo diante das telas, o número de ataques virtuais também cresceu. Manter o cuidado durante a navegação é o primeiro passo para evitar problemas. O iDinheiro ouviu especialistas para saber como se proteger das investidas. 

O impacto já é sentido pelos usuários da rede. Dados da Pesquisa Observatório FEBRABAN, divulgada no fim do mês passado, retratam o ambiente virtual. Entre os entrevistados pela equipe de aplicadores, 91% avaliam que os crimes aumentaram muito no período da pandemia.

As situações mais comuns registradas foram recebimento de mensagens ou ligação telefônica com solicitação fraudulenta, seja de dados pessoais ou bancários (43%), seja de depósito ou transferência de dinheiro para amigo ou parente (34%). 

O ambiente mais vulnerável dentro da Internet foi a caixa de e-mail dos brasileiros. De acordo com dados da empresa de cibersegurança Kaspersky, o número de casos de spoofing aumentou de 4.440 em abril para 8.204 em maio. A tática é simples: os golpistas ‘camuflam’ mensagens danosas como e-mails de empresas de varejo e bancos. 

“A pessoa recebe e-mail de uma pessoa se passando por banco avisando que a pessoa está com problemas, sendo que o golpista mascarou a mensagem”, explica o analista sênior de segurança da Karspesky Fábio Assolini.

Golpe virtual na pandemia: como o momento afetou a segurança virtual no Brasil

Na avaliação de Assolini, o aumento de compras virtuais na quarentena e a transição para o trabalho remoto foram um prato cheio para os criminosos. O e-mail é a porta de entrada para os ataques. “Hoje você tem a força de trabalho do RH, financeiro e marketing, por exemplo, distribuída e em casa”, diz. 

O especialista em segurança da informação da empresa de cibersegurança ESET Daniel Cunha Barbosa explica o processo. “Eles sempre querem passar essa sensação de urgência. Por exemplo, em um caso de um e-mail camuflado como do Ministério da Saúde, a vítima recebe o e-mail dizendo ‘Clique aqui no link para se cadastrar agora e ser vacinado amanhã’”, detalha. 

Essa técnica de atrair a vítima com algo chamativo é conhecida como phishing e funciona como uma isca. “Costumam focar em empresas de grande porte, como por exemplo bancos, grandes lojas em que a maioria das pessoas já teve algum relacionamento”, explica Daniel.

No caso do spoofing, apesar das empresas serem o maior alvo de cibercriminosos que utilizam a técnica, o público doméstico — aquele que usa a Internet e o e-mail para operações do dia a dia — corre mais risco de cair no ataque virtual. Isso porque identificar quando o e-mail é danoso requer um procedimento que poucos têm conhecimento. (veja como se proteger abaixo)

Veja os cabeçalhos dos e-mails. Isso não aparece por padrão. É preciso entrar na conta e pedir a opção para ver a mensagem completa, ou ver os cabeçalhos. Isso muda de acordo com o programa usado”, atenta Assolini. 

Quem é responsável juridicamente em casos de ataques virtuais?

A legislação brasileira abre espaço para judicialização em caso de invasões virtuais. “Seguindo o raciocínio de que o criminoso se passa por alguém para enganar a vítima, podemos ter a configuração do delito de estelionato, art. 171 Do Código Penal”, detalha advogada e especialista em Direito Digital Aline Trivino ao iDinheiro.

No Brasil, existem delegacias especializadas em crimes informáticos que podem ajudar a vítima em casos de golpe. “O primeiro passo é fazer um boletim de ocorrência”, recomenda. “Um advogado especialista no tema poderá ajudar com ações paralelas visando a recuperação dos valores/informações. Nem sempre é fácil, o primeiro passo será a identificação do criminoso para que possa ser requerido, judicialmente, a devolução”. 

De acordo com os especialistas, é possível se prevenir adotando comportamentos seguros nas redes de casa. Veja dicas:

  • Não acredite em tudo que chega por e-mail ou por qualquer mídia social. Se há desconfiança, o ideal é não clicar. 
  • Recebeu e-mail do banco ou de operadora de celular mencionando contas em aberto? Antes de clicar na mensagem, verifique diretamente com o banco. 
  • Esteja atento às informações do remetente. Em alguns casos, os criminosos mudam apenas uma letra para ficar similar ao domínio original. 
  • Use software anti spam. Alguns servidores de e-mail já possuem essa formatação.

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