Gigantes da tecnologia, como Amazon e Facebook, estão próximas de terem autorização para conceder empréstimos nos EUA a seus clientes.
A princípio, isso faria com que essas grandes corporações, que movimentam bilhões de dólares, brigassem diretamente com os bancos tradicionais.
Empresas teriam vantagens contra bancos
Na última terça-feira, 15, a Federal Deposit Insurance Corp (FDIC) aprovou um regulamento que irá reger as chamadas “empresas de empréstimos industriais”. Dessa maneira, companhias não-financeiras poderão obter licenças bancárias para conceder empréstimos a clientes.
Ao contrário dos bancos, as grandes corporações não precisam comprovar exigências de capital e liquidez para concederem empréstimos nos EUA.
De com acordo com a presidente do FDIC, Jelena McWilliams, a medida dá mais transparência ao mercado “em relação às expectativas mínimas da FDIC para empresas controladoras de bancos industriais.”
Possibilidade de empréstimos por gigantes de tecnologia assusta bancos
Os bancos norte-americanos tradicionais se assustaram com a medida, que pode multiplicar os concorrentes.
Em primeiro lugar, essas corporações já possuem bases de clientes numerosas. Por outro lado, têm direito a menos exigências regulatórias para conseguirem conceder empréstimos nos EUA.
Para tentar barrar a medida, Wall Street já pediu a suspensão da aprovação de novas licenças até que o Congresso analise a questão.
Congresso irá analisar regra
Ao justificar a decisão, a FDIC afirmou que está cumprindo a legislação federal.
“Se as empresas comerciais devem ou não continuar tendo direito de possuir bancos industriais é uma decisão política a ser tomada pelo Congresso”, declarou a agência.
O FDIC deve analisar, em breve, um pedido da varejista online japonesa Rakuten para abrir o próprio banco. Nesse sentido, o mercado considera essa avaliação fundamental para o futuro das relações envolvendo as instituições financeiras no país.
Caso o pedido seja aceito, acredita-se que a medida se torne um precedente para que grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Google e Facebook entrem no sistema bancário.
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