A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegas) afirmou que a contratação de usinas térmicas a gás natural, prevista na medida provisória (MP) 1.031/21, da privatização da Eletrobras, tornará o gás canalizado mais barato. A redução será de 5% no mercado livre e de 3,3% no mercado regulado, diz a associação.
Essa queda no preço pago pelos consumidores pode resultar em uma economia total de R$ 8 bilhões.
A votação da proposta da MP no Senado deve acontecer na próxima quarta-feira, 16, de acordo com a Agência do Estado.
Gás mais barato com a privatização da Eletrobras
Segundo a MP, a inclusão de engajamento de termoeléctricas a gás natural em leilões de reserva de capacidade prevê a contratação de 6 gigawatts (GW) em térmicas, além de indicar os locais onde deveriam ser construídas: Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
De acordo com um estudo da Abegás, a contratação de 6 GW em térmicas a gás, com fator de capacidade mínimo de 70%, pode representar uma economia próxima de R$ 21 bilhões. Simultaneamente, a despesa no mesmo período corresponde a aproximadamente R$ 13 bilhões — que resulta na economia de R$ 8 bilhões.
A pesquisa levou em conta um cenário baseado no histórico de fatores hidrológicos que causaram uma seca histórica em reservatórios de usinas hidrelétricas.
Para o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, a contratação dessas térmicas pode representar um sinal econômico fundamental para atrair novos negócios, além de proporcionar a integração do setor de gás natural com o setor elétrico.
Para chegar a esse cálculo de economia, o estudo considerou a valoração dos diversos benefícios diretos e indiretos, existentes entre janeiro de 2020 a abril 2021, e as despesas com a contratação das térmicas.
A despesa anual pela contratação das termelétricas gira em torno de R$ 13 bilhões. Entretanto, o benefício apurado corresponde a aproximadamente R$ 21 bilhões.
“Se a proposta da MP estivesse em vigor desde janeiro de 2020, os consumidores teriam economizado mais de R$ 20 bilhões e os reservatórios teriam sido preservados, afastando definitivamente os riscos à segurança energética do país”, informou o diretor de estratégia e Mercado da Abegás, Marcelo Mendonça.
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