Especialistas temem que fim do auxílio emergencial prejudique a economia

Especialistas analisam que o setor de serviços é um dos que mais deve sofrer com o fim do auxílio emergencial, prejudicando a retomada da economia.

Escrito por Fabíola Thibes

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O fim do auxílio emergencial gera preocupação entre os especialistas em economia. Diferente do que falou na última terça-feira, 29, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, há possibilidades da retomada da economia ficar mais lenta.

O motivo é a menor circulação de dinheiro no mercado. Isso é o que acredita o coordenador do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo da FGV, Nelson Marconi, que falou ao Valor Investe.

Ele destaca que o auxílio emergencial impactou mais o consumo de bens essenciais. Contudo, também teve um efeito positivo no setor de serviços.

Com o fim do auxílio emergencial, há risco das pessoas gastarem menos devido à necessidade de exposição. Assim, ficará mais difícil das atividades econômicas alcançarem os níveis pré-crise.

Importância do setor de serviços e o impacto do fim do auxílio emergencial na economia

Um dos setores mais afetados com a pandemia do novo coronavírus foi o de serviços. Aqui, estão incluídos turismo, consertos, atividades educacionais, auxílio jurídico, etc.

Por ser bastante amplo, esse segmento é o principal responsável pelo bom andamento — ou não — da economia brasileira. Daí a preocupação com o fim do auxílio emergencial.

Para ter uma ideia, o setor de serviços responde por aproximadamente 75% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

No segundo trimestre do ano, o segmento teve uma das quedas mais significativas. A retração foi de 9,7%.

Já entre setembro e outubro, o IBGE registrou alta de 1,7%. Esse foi o quinto aumento consecutivo. Como consequência, os ganhos atingiram 15,8% nos cinco meses anteriores.

Ainda assim, as perdas verificadas entre fevereiro e maio ficaram em 19,8%. Portanto, os resultados positivos ainda foram insuficientes para compensar os prejuízos.

Performance das empresas

Por outro lado, as empresas em geral também apresentam desempenho menor do que o período pré-pandemia. O índice está 6,1% mais baixo do que fevereiro de 2020.

Os especialistas afirmam que o resultado poderia ter sido pior sem o benefício concedido a 67,9 milhões de brasileiros. Portanto, o fim do auxílio emergencial causa certa apreensão no mercado.

Outro fator que ajudou nessa recuperação, ainda que lenta, foram alguns segmentos específicos. Nesse caso, todos exigem menos contato pessoal.

Um exemplo são os serviços financeiros. Tanto é que as corretoras e administradoras de bolsas e mercados de balcão organizados tiveram crescimento de 6,4% entre janeiro e outubro.

Outras análises

Mais especialistas analisaram a recuperação econômica e acreditam que o fim do auxílio emergencial deixará a recuperação mais lenta. Uma pesquisa da FGV indicou que o retorno da atividade é desigual.

Considerando o PIB do 3º trimestre, houve compensação das perdas registradas no período anterior. No entanto, isso não aconteceu com todos os setores.

Dos componentes do PIB, os segmentos com melhores resultados foram construção civil, indústria e comércio. Por sua vez, o consumo de serviços ainda patinava.

O estudo ainda indicou que o total desse segmento em setembro ficou 8% abaixo do registrado em fevereiro. Se fosse analisado apenas o grupo dos serviços prestados às famílias, a redução chegava a 36%.

Apesar do governo federal não ter sinalizado a possibilidade de continuar, alguns parlamentares já indicaram que aprovariam o projeto.

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