Fim do auxílio emergencial reduzirá massa salarial ampliada

Segundo estudo do Santander, auxílio emergencial representou massa salarial ampliada em R$ 326 bi. Fim do benefício deve gerar perda de R$ 60 bi.

Escrito por Isabella Proença

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De acordo com um estudo inédito realizado pelo banco Santander, o auxílio emergencial representou uma massa salarial ampliada em R$ 326 bilhões em 2020. O fim do auxílio, por outro lado, deve trazer uma perda de R$ 60 bilhões.

A massa salarial ampliada é composta por todas as fontes de renda dos trabalhadores no ano. Nesse sentido, o Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEM) também contribuiu para o resultado positivo. Segundo o Ministério da Economia, o BEM atendeu a 1,5 milhão de empresas e a 10 milhões de trabalhadores.

Se não fossem os programas de auxílio às empresas e à população, a perda de massa salarial ampliada teria sofrido uma redução de 6,6% em 2020, ainda de acordo com o levantamento do Santander.

O pagamento dos benefícios gerou um crescimento de 2,8% da massa salarial em 2020, que totalizou R$ 916,25 bilhões.

Previsão da massa salarial ampliada com o fim do auxílio.

Com o encerramento dos benefícios, a previsão para 2021 é uma queda superior a R$ 60 bilhões da massa salarial ampliada.

No entanto, a expectativa é de alta de 2,1% no consumo das famílias, rente a uma queda em 2020 de 4,3%, também segundo o Santander.

Porém, as projeções dependem de diversos fatores, entre eles a intensidade da segunda onda do novo coronavírus no Brasil, a questão fiscal, o calendário de vacinação e o desemprego.

O aumento de casos do novo coronavírus é um fator preocupante. Se crescimento de internações hospitalares devido à pandemia atingir níveis semelhantes aos da Europa, EUA, Japão e outros países, é provável que haja restrição de circulação de pessoas e funcionamento de algumas atividades em municípios e estados brasileiros.

As regiões mais afetadas pela segunda onda do novo coronavírus já estão vivenciando esta realidade. O governo do estado de Amazonas, por exemplo, decretou na última segunda-feira, 4, o fechamento de todos os serviços não essenciais durante 15 dias.

Além desse, ainda há outros motivos de incerteza, como a pressão inflacionária e os reajustes que devem ser praticados pelo setor educacional, represados no ano passado.

Também está em pauta a intenção de investimento das empresas.

No decorrer das próximas semanas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) deve anunciar o levantamento do apetite por inversões previsto para 2021.

Em um cenário favorável, o seguimento da recuperação econômica e o bom encaminhamento da questão fiscal, com uma provável atração de investimentos, devem cobrir o fim do auxílio.

Considerando um cenário desfavorável não há mais como gastar com medidas extraordinárias para evitar novos impactos do novo coronavírus sobre a economia.

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