Conheça 6 falsos investimentos e aprenda como não perder dinheiro

Desconfiar de lucro fácil e ter em mente qual a finalidade ao investir são formas de evitar cair em falsos investimentos. Conheça opções e os riscos envolvidos.

Escrito por Heloísa Vasconcelos

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Os brasileiros têm se interessado mais por investimentos. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os investimentos dos brasileiros bateram recorde de crescimento em 2020, atingindo R$ 3,7 trilhões. Contudo, quem ainda não tem conhecimento no assunto deve tomar cuidado para não cair em armadilhas de falsos investimentos.

Algumas opções que são conhecidas popularmente como uma forma de investir podem não trazer ganhos significativos e, em alguns casos, podem levar à perda financeira.

Quem quer começar a investir deve evitar opiniões de pessoas que não são especialistas na área e fugir do “sempre ouvi falar”.

Antes de colocar o dinheiro em alguma oportunidade, deve-se desconfiar de lucro fácil e garantido, principalmente quando se diz respeito a opções de renda variável. Outro ponto a se considerar é o objetivo com a aplicação financeira.

Para começar, o que é um investimento?

Basicamente, investimento é algo que traga algum retorno, geralmente monetário. O investimento está ligado a palavras como rentabilidade, risco, prazo e liquidez, que variam de acordo com o perfil e a finalidade do investidor.

Para os mais conservadores, por exemplo, é mais indicada a renda fixa, que possui uma rentabilidade menor, mas menor risco envolvido. Quem tem mais apetite aos rendimentos pode se aventurar na variável, significando um risco maior. Isso significa que, apesar de haver chances de um ganho maior, também há a possibilidade de perda. Logo, é possível perder dinheiro mesmo nos investimentos que não são falsos.

“O falso investimento parece que traz um retorno, mas no fim das contas não é bem assim, talvez traga apenas uma correção monetária”, diferencia a especialista em investimentos da Anbima e redatora do iDinheiro, Melissa Nunes.

Exemplos de falsos investimentos

1. Carro

Veículos são bens de consumo e não um investimento, por mais que muitas pessoas guardem dinheiro por um bom tempo a fim de adquirir um carro próprio.

Um dos motivos é que, em vez de ganho financeiro, o carro perde valor ao longo do tempo. Só de sair da concessionária, o carro novo já perde cerca de 10% do valor.

“Nos primeiros 5 anos, ele desvaloriza praticamente 50%. E você tem custos mensais para mantê-lo”, aponta o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.

Comprar um carro, na verdade, pode sair muito mais caro ao bolso do consumidor que simplesmente o valor das parcelas.

2. Título de capitalização

Títulos de capitalização são uma espécie de “poupança programada” oferecida pelos bancos. Quem contrata esse tipo de serviço permite à instituição financeira retirar uma quantia específica da conta todos os meses ou de acordo com um período estabelecido por contrato.

Durante o tempo do contrato, o cliente participa de sorteios e pode ganhar prêmios. E, ao final do prazo, recebe todo o dinheiro que foi guardado pelo banco.

“O problema é que geralmente você fica atrelado, pagando todo mês, fica preso e se você tirar você perde dinheiro. Além disso, não rende nada praticamente, menos que a caderneta de poupança. Tem a chance de ser sorteado, mas isso é uma loteria”, aponta Reinaldo.

3. Seguro capitalizado

Outra opção de falso investimento são os seguros capitalizados. Esse tipo de produto, oferecido por seguradoras, une em uma só conta um seguro e um plano de previdência.

O problema é que o rendimento acaba sendo muito baixo, já que o valor do seguro em si praticamente toma todo o possível ganho com o plano de previdência.

Portanto, é mais rentável fazer planos separados, buscando a melhor opção de seguro em uma seguradora e o plano de previdência que melhor se encaixa nos objetivos do cliente em uma instituição financeira.

4. Pirâmides financeiras

Propostas que prometem um rendimento fora do normal e garantido não são seguras. A maior probabilidade é que apostando em uma opção do tipo o investidor caia em um esquema de pirâmide.

Nessa situação, os participantes ganham dinheiro a cada indicação, formando uma teia. Pode até haver ganho, mas quem estará sendo realmente beneficiado será a pessoa no topo da pirâmide. E, caso desista do esquema, pode haver prejuízo.

“Não existe um investimento que pague 2% ao mês, pelo menos nas condições atuais. Temos que suspeitar de qualquer coisa que fuja do habitual para que a gente não perca nosso suado dinheirinho”, indica Melissa.

5. Empréstimo a amigos ou familiares

“Nunca empreste dinheiro para amigos ou parentes, porque você não é banco”, recomenda Reinaldo Domingos.

Mesmo que essa pessoa ofereça juros maiores do que a poupança, por exemplo, dependendo do objetivo dela ao tomar o empréstimo, pode ser que o dinheiro não seja pago, levando a uma perda financeira e de relacionamento.

A realização do empréstimo, nesse caso, pode ocorrer muito mais pela confiança na pessoa ou vontade de ajudar do que na espera de retorno financeiro.

6. Financiamento

Por fim, o financiamento de um bem não é um investimento, considerando que não há ganho nessa operação. Pelo contrário, o cliente estará perdendo dinheiro ao pagar juros para a instituição financeira. 

A diferença, nesse caso, é a finalidade. O financiamento visa a compra de um bem e não um ganho financeiro. 

“Se eu compro uma casa, ela é minha e não vou ter gasto de aluguel, mas não traz retornos. Se for uma casa para alugar pode até ser investimento, mas ainda vão ter outros gastos”, aponta Melissa.

Como se proteger de investimentos falsos?

Para um investimento ser seguro, deve-se considerar três variáveis: finalidade, prazo e risco. São esses os fatores que devem ser vistos antes de fazer uma aplicação financeira.

Além disso, a desconfiança ajuda a não cair em ciladas. É importante checar se o investimento tem regulamentação por algum órgão no Brasil, como a Anbima ou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A indicação é que quem não tem muito conhecimento no mercado de investimentos comece aos poucos, aplicando em opções de renda fixa, como CDBs, Tesouro Direto e LCI/LCA. O estudo sobre a opção de investimento em que se deseja investir também evita que o investidor se frustre. 

“São pequenos passinhos que a gente dá para fazer boas escolhas, isso que faz a diferença no fim das contas. Warren Buffet diz que o maior risco é não saber o que você está fazendo, e eu concordo. Em primeiro lugar, é ganhar conhecimento e ir testando”, pontua a redatora do iDinheiro.

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