Devido indefinição de taxas, pequenas e médias empresas atrasam adesão ao PIX

Pequenas e médias empresas atrasam a adesão ao PIX. Em contrapartida, instituições dão até 6 meses de isenção para empresários que aderirem.

Escrito por Isabella Proença

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Embora esteja em funcionamento desde o dia 16 de novembro, pequenas e médias empresas atrasam adesão ao PIX devido à indefinição de taxas.

“Ainda existe muita dúvida com relação às taxas e tarifas que serão cobradas na modalidade”, disse o gerente executivo da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Daniel Sakamoto.

Com informações da Folha de São Paulo.

Pequenas e médias empresas atrasam adesão ao PIX

Entre os maiores bancos do Brasil, apenas Itaú e Bradesco definiram o custo do PIX para pessoas jurídicas após o período de isenção promocional (1,45% e 1,40%, respectivamente).

E, entre as 6 maiores adquirentes, somente Mercado Pago e PagSeguro informaram o custo da taxa do PIX pela máquina de cartão, que varia de 0,99% a 1,89%.

Grande parte das instituições financeiras concedeu de 3 a 6 meses de isenção para empresários que oferecerem o novo método de pagamento para os clientes.

“Não sabemos quanto vão cobrar da gente. Enquanto não definirem tarifas, não temos como saber se vamos adquirir. Tem empresa que cogita cobrar 1,49% por PIX, que é mais caro que o débito. Como usar algo que não sabemos o custo?”, argumentou o presidente da Associação dos Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, em entrevista à Folha.

Mesmo com a incerteza quanto à cobrança no futuro, os valores divulgados são inferiores aos valores cobrados em transações de débito ou crédito, que giram em torno de 1,69% a 6,40%.

O dono da rede NTG e presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (ABLOS), Tito Bessa Júnior, afirma que em torno de 70% da receita dos lojistas é no crédito.

“Se a loja não tem PIX, não faz diferença no momento. Os clientes que querem pagar com esse meio são poucos e, se o lojista não aceita, ele paga com cartão”, disse.

Ele diz que, por ser um sistema novo, vários empresários têm dúvidas, além de insegurança em relação à fraudes.

Insegurança sobre o PIX

De acordo com uma pesquisa da Stone, feita com 1.065 mil lojistas de todas as regiões do país, entre 4 e 6 de novembro, 77% dos entrevistados ainda não sabiam ou não estavam preparados para introduzir o novo meio de pagamento instantâneo e 36% ainda o desconhecem.

Além disso, levantamento aponta que 3,7% dos empresários ainda não estão totalmente seguros em relação ao PIX.

As principais dúvidas são sobre segurança (38,8%), facilidade de uso (34,9%), funcionalidades (30%) e custos (47,1%).

Somente 16,2% dos entrevistados declararam não ter nenhum tipo de dúvida em relação ao novo sistema de pagamentos do Banco Central.

Já entre os grandes varejistas, o cenário muda. Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Raia Drogasil, Grupo Guararapes e Petz, por exemplo, já aderiram ao PIX em todas as lojas físicas.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP), Nabil Sahyoun, também há um problema de falta de conhecimento por parte dos lojistas.

“Tudo é muito novo e as empresas ainda estão adaptando seus sistemas ou tentando entender como a demanda do consumidor será, principalmente agora no Natal. Muitos também não têm uma compreensão total do modelo, mas é questão de tempo”, explicou.

Para acessar a reportagem completa da Folha de São Paulo, clique aqui.

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