Dogecoin tem valorização de 8.100% em 2021; entenda o aumento repentino da criptomoeda

O Dogecoin surgiu em 2013 como um meme de internet e tem tido altas expressivas neste ano, chegando a subir 500% em uma semana. Entenda se vale investir.

Escrito por Heloísa Vasconcelos

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O que começou como um meme se tornou para alguns investidores uma oportunidade de ganhar uma bolada. O Dogecoin, criptomoeda criada em 2013 a partir do meme de um cachorro da raça Shiba Inu, teve uma valorização de 8.100% em 2021.

Isso significa, por exemplo, que quem tinha US$ 10 mil investidos na moeda em 31 de dezembro do ano passado, agora tem por volta de US$ 821 mil. O Doge cresceu 500% só na última semana, saltando de US$ 0,20 para o recorde de US$ 0,44 e atingindo o valor de mercado de US$ 48 bilhões.

Com as altas, a Dogecoin entrou na lista de 10 maiores criptomoedas pelo site Coinmarketcap, na sexta posição. Nesta terça-feira, 20, o ativo cresceu mais 20% após usuários na internet declararem a data como “Doge Day”. 

Mas, o que está por trás de toda essa valorização? Vale a pena apostar na moeda do meme para ganhar dinheiro? O iDinheiro conversou com especialistas que explicam a alta do Doge.

O meme que cresceu

Em 2013, explodiu na internet o meme de um Shiba Inu japonês. Ele se tornou protagonista da Dogecoin, que surgiu com a intenção de ser um meio de pagamento parecido como outras moedas como a Litecoin.

Quando surgiu, a Doge valia o equivalente a US$ 0,0002. A criptomoeda terminou 2020 valendo US$ 0,004 e, no momento da publicação desta matéria, está sendo cotada em US$ 0,29.

“Nos últimos dias vários eventos culminaram na valorização do Dogecoin. Entre esses eventos, a estreia da maior corretora dos Estados Unidos, a Coinbase, na Nasdaq, somado a interrupções técnicas no processo de negociação Dogecoin em grandes corretoras internacionais, como Hoobinhood”, elenca a CEO da NovaDAX, Beibei Liu.

Outro fator foi crucial na subida repentina da criptomoeda: um simples tweet do bilionário Elon Musk na última quinta-feira, 15, escrito “Doge barking at the Moon” (Cachorro latindo para a lua).

Ocorreu um fenômeno parecido com o da Gamestop, empresa a beira da falência que viu seu valor de mercado dobrar após ação de pequenos investidores combinada pela rede social Reddit. Diversos investidores decidiram tornar o meme em realidade.

Para o CEO da Brasil Bitcoin, Marco Castellari, não há nada muito especial sobre a tecnologia da moeda em si que faça com que ela ganhe tanta notoriedade.

“A Doge veio como um meme mesmo e a tecnologia dela não tem nada muito especial, nada muito diferente de outras criptomoedas. Ela acabou estourando devido aos comentários de pessoas muito influentes, como o Elon Musk. É uma coisa meio aleatória, nada muito sólido”, considera.

Até onde vai o Dogecoin?

Quem conhece o mercado de criptomoedas, que é especialmente volátil, sabe que é difícil responder essa pergunta.

“A gente tá no mercado de alta, esse é um ano que vem sendo um ano de alta. Existem projeções para o Bitcoin e quando você vê essas outras criptos, tem moedas que podem multiplicar até 30 vezes o valor. Pode subir muito, desde 2017 já vi moedas crescerem 100 vezes em um ano. Mas pode também não dar em nada”, resume o CO-CEO da Foxbit, Ricardo Dantas. 

Ele considera que o fato de a criptomoeda ser um meme a torna mais conhecida, o que pode ser positivo em termos de valorização, já que mais investidores podem passar a investir. 

É difícil afirmar, por exemplo, que esse movimento ascendente dos últimos dias pode ser considerado uma bolha. Mas pode-se esperar uma desvalorização nos próximos dias.

“Bolha você só sabe que é bolha quando estoura. O que posso dizer é que em todo o mercado, em situações que se tem uma subida muito rápida, a tendência de ter uma queda muito rápida também é muito grande, porque você não vê uma consolidação de preços”, explica. 

Vale a pena investir?

Investir em criptomoedas já é algo arriscado, indicado para investidores mais experientes. Investir em uma moeda com uma alta tão expressiva e tão recente, então, exige consciência de que a possibilidade de perda existe.

“Para ser bem sincero, acredito que não há nenhum embasamento que justifique o crescimento. Levando em conta que ela vem de um meme, eu pessoalmente não investiria meu dinheiro nela”, pontua Marco.

Ele reitera, contudo, que caso o investidor queira arriscar, é importante alocar um dinheiro cuja perca não prejudique o orçamento. Por ser uma moeda extremamente volátil, ela pode despencar ou triplicar de um dia para o outro. 

Ricardo destaca que, para investir, é importante conhecer bem o projeto da criptomoeda e acreditar nele, e não apenas investir “pelo meme”.

Segundo ele, o investidor deve estudar bem antes de investir e, mesmo que tenha perfil mais arrojado, buscar investir uma parcela menor da carteira no ativo, algo entre 1 e 3%.

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