Crise econômica pode afetar empregos no Brasil pelos próximos nove anos. É o que diz o relatório “Emprego em crise: Trajetórias para melhores empregos na América Latina pós-Covid-19” do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira, 20. Na análise da entidade, as profissões com “pouca qualificação” podem passar a maior parte da próxima década recebendo salários mais baixos.
A projeção do banco Mundial também avalia questões relacionadas ao trabalho em toda América Latina. Brasil e Equador estão com os cenários mais similares, aborda o relatório. “Embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais e sofram apenas impactos de curta duração em matéria
de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise”, avalia o texto.
Crise e emprego: “cicatrizes” no mercado de trabalho no Brasil
As consequências, adiciona o Banco Mundial, podem ser mais severas para quem estará iniciando a vida profissional. “Em uma crise, os novos ingressantes no mercado de trabalho têm um início de carreira pior, do qual não conseguem se recuperar”, aponta o documento. Isso pode abrir espaço para aumento na informalidade, redução de salários e aumento no desemprego — principalmente para os trabalhadores sem ensino superior.
Em paralelo, a qualidade de vida também deve ser reduzida nos próximos anos. Os efeitos devem permanecer e modificar o mercado definitivamente. “Depois de uma crise grave, o emprego pode não retornar ao patamar anterior. A crise pode empurrar o mercado de trabalho para um novo ponto de equilíbrio mais abaixo”, projeta o banco.
Quer continuar acompanhando as notícias relacionadas a “Crise econômica pode afetar empregos no Brasil pelos próximos nove anos, projeta Banco Mundial“? Então, não deixe de assinar a newsletter do iDinheiro e ativar as notificações push. Se inscreva, também, no nosso canal do Telegram para receber todas as novidades.