Para o Ministério da Economia, 2021 será um ano de crescimento do Produto Interno Bruto. A Pasta manteve a projeção de crescimento no PIB de 3,2%. A análise foi publicada nesta quarta-feira, 17, em boletim publicado pela Secretaria de Política Econômica (SPE). O documento também estima inflação de 4,42%, acima do centro da meta. Para este ano, o Banco Central do Brasil (BCB) estimou a meta inflacionária na casa dos 3,75%, com margem de erro de 1,5 p.p. para mais ou para menos.
O valor de 4,42% se refere apenas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), base utilizada pelo BCB para o cálculo da inflação. O Ministério da Economia traz a alta no preço dos alimentos como principal responsável pela elevação da projeção. “Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta”, complementa o relatório.
A análise também traz as variações no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para 2021, a previsão é de que o indicador aumente 4,27%. Enquanto isso, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) deve crescer 5,06% — o que seria o maior valor atingido até 2025. (entenda a diferença entre os indicadores)
Governo projeta crescimento do PIB estável a partir do próximo ano
Apesar do cenário de alta no PIB ao longo do ano, o Ministério da Economia projeta uma contração de 0,7% neste primeiro trimestre, na margem com ajuste sazonal. Uma alta mais positiva viria a seguir, nos demais trimestres. “Essa projeção negativa no começo do ano advém das novas necessidades de isolamento social em diversas regiões do país”, explica, em comunicado.
A SPE também traz projeções para os próximos quatro anos. Na estimativa da Secretaria, com crescimento de 3,2%, 2021 seria o ano com maior aumento real no PIB até a metade da década. Entre 2022 e 2025, a expectativa é que o Produto Interno Bruto cresça 2,5% por ano até 2025. “As incertezas são elevadas com os desafios de enfrentamento à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores no primeiro bimestre que apontam continuidade da recuperação da atividade econômica”, assinala a pasta.
PIB e pandemia
Nominalmente, a expectativa é de que o PIB acumule R$ 8,21 trilhões em 2021, acima da quantia registrada no ano passado, quando o indicador estava em R$ 7,44 trilhões. “No entanto”, reflete o Ministério da Economia, “espera-se um deflator (6,75%) superior ao observado em 2020 (4,79%)”.
A saúde econômica do Brasil segue acompanhada pela gestão federal. “É importante destacar que a retomada do crescimento sustentável da economia ocorrerá com a elevação da produtividade através das reformas estruturais e do processo de consolidação fiscal”, avalia o Governo.
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