Para 2021, as companhias de energia elétrica já estudam uma forma de recuperar as perdas ocasionadas pela pandemia da Covid-19, e com isso, deverão deixar a conta de luz mais cara.
Segundo os cálculos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), as contas deverão sofrer um reajuste de 3% nos próximos meses.
Entretanto, o objetivo é que esse aumento seja diluído ao longo dos anos. As empresas também estudam outras medidas regulatórias para amenizar os impactos e não prejudicar de maneira direta os consumidores.
Conta de luz mais cara – Entenda os motivos
Os calotes triplicaram durante o ano de 2020, já que muitos consumidores deixaram de pagar faturas de luz durante o período mais crítico da pandemia.
Por isso, a conta de luz mais cara deve ser uma “consequência” de todos os prejuízos sofridos pelas empresas de energia elétrica durante os últimos nove meses.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocou em pauta nesta terça-feira, 15, uma discussão que busque um equilíbrio econômico-financeiro entre os contratos em vigência. Ela considera que os consumidores não devem receber de maneira direta o reajuste.
Em busca de um equilíbrio financeiro
Nesses cálculos, seria necessário buscar um reequilíbrio financeiro entre R$ 5,5 a R$ 6 bilhões para compensar todos os prejuízos desse período.
E é justamente nesse momento que o aumento em 3% poderia ter um forte impacto sobre o orçamento final de pessoas físicas e jurídicas.
De acordo com o presidente da Abradee, Marcos Madureira, os valores precisariam ser pagos em reajustes extraordinários.
“A nossa expectativa é que isso possa ser resolvido até os primeiros meses de 2021. [O impacto] foi maior no segundo trimestre do ano, quando aumentou a receita irrecuperável das distribuidoras”, disse ao veículo O Globo.
Por fim, até o momento, a Aneel considera que as contas de luz não devem receber o reajuste de todos os prejuízos da empresa.
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