Cesta básica ficou mais cara em todas as capitais em 2020

A cesta básica ficou mais cara em todas as capitais brasileiras em 2020, aponta estudo do Dieese. Em dezembro, o produto sofreu alta em 9 cidades.

Escrito por Rodrigo Salgado

Por que confiar no iDinheiro?

Responsabilidade editorial: Nosso editores são especialistas nas áreas e isentos nas avaliações e informações. Nosso objetivo é democratizar e simplificar o acesso a produtos e serviços financeiros sem viés. Conheça nosso código editorial.

Como ganhamos dinheiro?

Podemos ser comissionados pela divulgação e cliques nos parceiros. Isso também pode influenciar como alguns produtos aparecem na página, sempre com a devida identificação. Entenda como o site ganha dinheiro.

Política de Cookies: Nosso site utiliza cookies para estatísticas gerais do site e rastreamento de comissões de forma anônima. Nenhum dado pessoal é coletado sem seu consentimento. Conheça nossa política de privacidade.


A cesta básica ficou mais cara em todas as capitais brasileiras em 2020, aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A menor alta foi registrada em Curitiba, onde os produtos da cesta ficaram 17,76% mais caros. Por outro lado, Salvador e Aracaju tiveram o maior encarecimento: de 32,89% e 28,75%, respectivamente.

Na maior cidade do Brasil, São Paulo, a alta no acumulado de 2020 foi de 24,67%. Confira o ranking completo:

  • Salvador: 32,89%
  • Aracaju: 28,75%
  • Campo Grande: 28,08%
  • Belo Horizonte: 27,79%
  • João Pessoa: 27,21%
  • Brasília: 24,88%
  • São Paulo: 24,67%
  • Goiânia: 23,98%
  • Fortaleza: 23,37%
  • Porto Alegre: 21,6%
  • Belém: 20,95%
  • Florianópolis: 20,3%
  • Vitória: 20,21%
  • Rio de Janeiro: 20,15%
  • Natal: 19,55%
  • Recife: 19,2%
  • Curitiba: 17,76%

De acordo com o Dieese, o encarecimento dos alimentos em todas as capitais foi consequência da desvalorização cambial e do alto volume das exportações. Além disso, os períodos de estiagem e de chuvas intensas também impactaram os preços dos alimentos.

Por fim, o auxílio emergencial e o isolamento social também foram fatores que contribuíram para a inflação dos alimentos. Isso porque,  ambos fizeram com que a procura por mantimentos nos supermercados aumentasse e, por conseguinte, os preços se elevassem.

Os itens que mais encareceram ao longo de 2020 foram a carne bovina de primeira, o leite UHT, a manteiga, o arroz, o óleo de soja, a batata, o açúcar, a farinha de trigo, o pão francês e o tomate, ainda de acordo com o Dieese.

Cesta básica em dezembro de 2020

Na análise do mês de dezembro de 2020, a capital que registrou o maior encarecimento da cesta básica foi João Pessoa, com alta de 4,47% na comparação com o mês anterior. Por outro lado, em Campo Grande, os alimentos ficaram 2,14% mais baratos.

Confira o ranking completo:

  • João Pessoa: 4,47%
  • Brasília: 3,35%
  • Belém: 2,96%
  • Belo Horizonte: 2,93%
  • Recife: 1,38%
  • Goiânia: 1,14%
  • Natal: 0,74%
  • Aracaju: 0,41%
  • São Paulo: 0,36%
  • Porto Alegre: -0,22%
  • Florianópolis: -0,23%
  • Fortaleza: -0,81%
  • Vitória: -1,04%
  • Curitiba: -1,27%
  • Rio de Janeiro: -1,36%
  • Salvador: -1,85%
  • Campo Grande: -2,14%

Poder de compra

A cesta básica mais cara do país em dezembro foi a de São Paulo. Por isso, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para conseguir viver com dignidade na cidade deveria ser de R$ 5.304,90 – ou 4,8 vezes o valor vigente, de R$ 1.100.

De acordo com o órgão, o cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

O tempo médio necessário de trabalho para adquirir os mantimentos da cesta básica foi, em dezembro, de 115 horas e 8 minutos. Esse dado leva em consideração o conjunto das capitais analisadas e um trabalhador que recebe um salário mínimo para trabalhar 220 horas por mês.

Em novembro, por outro lado, o tempo necessário de trabalho era inferior: de 114 horas e 38 minutos.

Na comparação do custo da cesta com o salário mínimo líquido (ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, de 7,5%), o Dieese concluiu que, em dezembro, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu 56,67% do pagamento apenas para a compra de alimentos. Em novembro, semelhantemente, esse percentual foi de 56,33%.

Com informações de Agência Brasil.

Esta matéria foi útil? Então, assine a newsletter do iDinheiro e fique por dentro das nossas atualizações no seu e-mail!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe das comunidades do iDinheiro no Whatsapp