A caderneta de poupança teve captação recorde em 2020. O resultado é o maior já registrado para um ano desde o início da série histórica em 1995.
Segundo o Banco Central (BC), os investidores depositaram R$ 166,31 bilhões a mais do que retiraram da aplicação financeira, que é a mais tradicional dos brasileiros.
Com informações da Agência Brasil.
Caderneta de poupança começou 2020 no vermelho
A poupança começou 2020 no vermelho. Para ter uma ideia, os brasileiros retiraram R$ 15,93 bilhões a mais do que depositaram em janeiro e fevereiro.
Contudo, com o início da pandemia em março, a situação começou a mudar e os depósitos passaram a superar os saques.
Tradicionalmente, as pessoas depositam mais na caderneta em dezembro, por conta do pagamento da segunda metade do décimo terceiro salário. No ano passado, foram depositados R$ 20,61 bilhões a mais do que o sacado, um valor recorde para o mês desde o início da série histórica.
Interesse pela poupança se mantém, apesar da recuperação da bolsa
Apesar da recuperação da bolsa nos últimos meses, o interesse pela poupança se mantém.
Nos dois primeiros meses da pandemia, as turbulências no mercado financeiro fizeram investidores migrar para a caderneta. As oscilações do Tesouro Direto também os atraiu para a segurança da caderneta, mesmo com rendimento menor.
Com as recentes reduções na taxa Selic e o repique no valor de diversos alimentos, essa aplicação passou a render menos que os índices de preços. Segundo o BC, ela rendeu 2,11% em 2020.
No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15, que serve como prévia da inflação oficial, atingiu 4,23%. O IPCA cheio de 2020 será divulgado na próxima terça-feira, 12 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2021, o boletim Focus, que é a pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo BC, prevê inflação de 3,32% pelo IPCA.
Quer continuar acompanhando as notícias sobre a caderneta de poupança? Então, não deixe de assinar a newsletter do iDinheiro e ativar as notificações Push.