O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na última quarta-feira, 28, que o governo deverá propor um aumento no valor do Bolsa Família entre agosto e setembro, elevando a parcela mensal para R$ 250. Dessa forma, irá se equiparar à média do auxílio emergencial pago neste ano.
“Só de auxílio emergencial ano passado, nós gastamos mais do que 10 anos de Bolsa Família. Então, o PT, que fala tanto em Bolsa Família, hoje a média dá R$ 192. O auxílio emergencial está R$ 250, é pouco, sei que está pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250, agora, em agosto, setembro”, afirmou Bolsonaro a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
Com informações da Folha de S. Paulo.
Aumento no valor do Bolsa Família: das 14,6 milhões de famílias beneficiárias, 10 milhões optaram por receber o auxílio emergencial
Das 14,6 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família, 10 milhões optaram por receber o auxílio emergencial por ser mais vantajoso. Esse grupo representa a liberação mensal de R$ 3 bilhões. O valor é oriundo da verba aprovada para o auxílio, não do orçamento do Bolsa Família.
Os recursos que sobrarem deverão ser utilizados para financiar o aumento mencionado por Bolsonaro a partir de agosto, quando termina a nova rodada do auxílio emergencial.
Auxílio emergencial foi renovado de abril a julho
O auxílio emergencial foi renovado de abril a julho, com o benefício variando de acordo com a composição da família. As parcelas vão de R$ 150 a R$ 375 por mês. Já no Bolsa Família, o benefício médio está na faixa de R$ 190 por mês.
O programa foi criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsonaro pretendia criar um programa que substituísse uma das principais marcas da gestão petista.
Na última quarta-feira, 28, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a prometer um novo programa social voltado para trabalhadores informais, que deve ser chamado de Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).
A ideia do BIP surgiu em fevereiro, quando a equipe econômica tentou realizar mudanças na nova rodada do auxílio. O objetivo era que o recebimento do auxílio pudesse ser associado a um curso aos beneficiários, que, em sua maioria, têm baixo nível de qualificação.
O governo calcula que há cerca de 40 milhões de trabalhadores informais no país.
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