Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa de Consumidor (Idec) mostra que o aumento de preço dos planos de saúde coletivos é 38,5% maior do que o teto estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais em 2020.
Foram analisadas cinco empresas com o maior volume de reclamações por parte dos consumidores junto ao Instituto: SulAmérica, Bradesco Saúde, Amil, Unimed Central Nacional e Unimed Rio. O estudo avaliou os reajustes anuais aplicados entre 2015 e 2020.
No ano passado, reajuste médio do preço dos planos de saúde coletivos foi de 11,28%
No ano passado, o reajuste médio do preço dos planos de saúde coletivos analisados pelo Idec foi de 11,28%, mais de três pontos percentuais acima do máximo estabelecido pela ANS para os planos individuais.
A operadora com maior índice de reajuste em 2020 foi a Unimed Rio, com 14,55%, ou seja, mais de seis pontos percentuais acima do teto.
A maior distância bruta entre os reajustes aplicados pelas operadoras e o teto da ANS foi em 2018. O aumento médio foi de 17,04%, enquanto o índice máximo para os planos individuais naquele ano foi de 10%.
Planos coletivos empresariais
Os planos coletivos empresariais e por adesão não são regulados pela ANS e, nos últimos anos, foram priorizados pelas operadoras.
Atualmente, eles representam quase 80% do mercado de planos de saúde. Isso porque, atraídos pelos valores de entrada mais baixos e com cada vez menos opções de planos individuais, um número crescente de consumidores têm aderido a essa modalidade.
Os resultados da pesquisa foram compartilhados com as empresas, mas apenas a Unimed Central Nacional respondeu. A operadora não questionou os percentuais pesquisados, mas sustentou que os reajustes aplicados aos consumidores estavam de acordo com o permitido pela ANS, tanto no que tange aos planos individuais quanto aos planos coletivos.
O Idec elaborou um documento com orientações para os consumidores que tenham recebido reajustes abusivos em seus planos coletivos. Clique aqui para acessá-lo.
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