Usado por parte do mercado imobiliário como índice para atualização no valor do aluguel, o IGP-M acumulou alta de 33,83% nos últimos 12 meses. É o que diz o último boletim sobre o indicador, divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por isso, os contratos reajustados em agosto podem incorporar a alta.
O incremento é mais significativo quando comparado ao avanço em 2020: em junho do ano passado, o índice havia subido 2,23% e acumulava alta de 9,27% em 12 meses. Entre janeiro e junho a alta foi de 15,98%.
André Braz, coordenador dos Índices de Preços, explica a elevação. “Efeitos sazonais, exportações e a alta acumulada nos preços das rações orientaram a aceleração do índice ao produtor, que nesta apuração, contou com a destacada influência de três itens: minério de ferro (-3,04% para 2,70%), adubos ou fertilizantes (5,70% para 14,28%) e leite in natura (6,20% para 5,74%). No âmbito do consumidor, os destaques foram os energéticos. A tarifa elétrica avançou 5,87% e o GLP 4,05%”.
Aluguel mais caro em agosto: trocar IGP-M pelo IPCA é opção para reduzir os gastos
Com o IGP-M acumulando alta nos últimos meses, a troca de indexador para reajuste pode ser uma opção para pagar aluguel mais barato. De acordo com um levantamento feito pelo QuintoAndar, a troca do IGP-M pelo IPCA geraria uma economia de R$ 1,2 bilhão mensais para os bolsos dos inquilinos brasileiros.
Geralmente, os contratos de aluguel são corrigidos a cada aniversário de locação pelo IGP-M. Enquanto o indexador tem alta acumulada de 33,83% nos últimos 12 meses, o índice oficial de inflação do governo (IPCA) subiu pouco menos de 7% no mesmo período.
Ainda de acordo com o levantamento da imobiliária QuintoAndar, os proprietários que não negociarem podem ter a renda até 70% menor do que se aceitassem a mudança do índice de reajuste.
Quando o locatário não aceita negociação, ele tem 10% mais chances de que o contrato seja rescindido antes do prazo previsto, segundo a empresa. Desta forma, ele muito provavelmente terá o imóvel vazio e com taxas de manutenção a pagar, ficando no no prejuízo.
“Analisando a série histórica dos índices de preço, cruzando com os dados de mercado, o estudo comprova que negociar é a melhor alternativa tanto para proprietários quanto para inquilinos”, diz o chefe de comunicação do QuintoAndar, José Osse.
As próprias imobiliárias têm estimulado a mudança de indexador, uma vez que se essas trocas não estivessem em progresso, os inquilinos do Brasil teriam um gasto mensal 20% maior do que de fato ocorreu.
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