Alta do IGP-M faz investidores buscarem a diversificação em 2021

A alta do IGP-M em mais de 20% em 2020 fez os investidores buscarem títulos com esse indexador, mas a regra é a diversificação. Entenda!

Escrito por Fabíola Thibes

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alta do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) em 2020 trouxe dificuldades aos investidores brasileiros. Durante o ano, o crescimento do indicador chegou a 23,14%.

A notícia seria positiva, se os títulos fossem indexados por essa variável. No entanto, os investimentos costumam utilizar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e a taxa Selic.

Com isso, os investidores acabaram perdendo dinheiro. Na prática, isso significa que a renda fixa deixou de ter uma boa remuneração, levando muitos a migrar para a renda variável. Tanto que a bolsa de valores brasileira alcançou 3 milhões de investidores pessoa física em setembro de 2020.

Indicadores dos investimentos

Boa parte dos ativos usa como base os três indicadores já citados. O IPCA mede a inflação oficial do País. Em 2020, o crescimento foi de 4,52%.

Por sua vez, a Selic é a taxa básica de juros da economia. Ela é definida a cada 45 dias em reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e terminou 2020 em 2%.

Já o CDI fica um pouco abaixo da Selic e representa o percentual aplicado nas negociações entre os bancos.

Por último, o IGP-M fechou 2020 com a elevação de mais de 20%. Essa foi a maior alta nos últimos 12 anos.

O indicador leva em conta a inflação:

  • ao produtor: 60%;
  • do consumidor: 30%;
  • da construção civil: 10%.

Devido a essas características, o IGP-M identifica altas que nem sempre são percebidas nem impactam o IPCA.

Além disso, ele serve como base para o reajuste de alguns serviços. Entre eles estão os planos de saúde, os aluguéis, as contas de energia elétrica e telefone, e as mensalidades escolares.

Reflexos da alta do IGP-M

Normalmente, os especialistas recomendam que os investidores optem por aplicações financeiras indexadas pelo IPCA para garantir o poder de compra Porém, a alta do IGP-M mudou esse cenário.

O indicador oficial da inflação deixou de refletir exatamente o aumento de preços dos produtos. Ao mesmo tempo, o IGP-M cresceu de forma significativa, mas o consumidor não recebeu todo o repasse.

Devido à pandemia, houve interrupção na elevação dos reajustes, a fim de evitar problemas econômicos.

Títulos negociados pelo IGP-M

O mercado financeiro tem alguns ativos indexados pelo IGP-M, mas a maioria já não está mais disponível para comercialização.

É o caso do título do Tesouro Direto, que parou de ser emitido pelo governo federal em 2016. Em atividade, existem apenas duas categorias:

  • vencimento em 1º de abril de 2021: teve alta de 25,08% ao ano;
  • vencimento em 1º de janeiro de 2031: teve crescimento de 24,38% ao ano.

É possível adquirir esses ativos no mercado secundário, mas é difícil. Especialmente, porque o preço de cada um deles é R$ 5.308 e R$ 8.966, respectivamente.

Expectativas para o IGP-M 2021

A esperança é de que o IGP-M desacelere e o IPCA cresça este ano. A Selic terminar 2021 em 3,25%, segundo previsões de especialistas do mercado financeiro. Com isso, o real deve se valorizar perante o dólar, reforçando a possibilidade de queda do IGP-M.

Por isso, a diferença entre esse indicador e a inflação não deve ser tão grande quanto foi em 2020. Logo, a recomendação para a formação de reserva de emergência é continuar optando pelo Tesouro Selic ou pelo Tesouro IPCA+.

Outra opção são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os fundos imobiliários. Eles costumam estar atrelados ao IGP-M e, portanto, uma alta gera impactos significativos.

De qualquer forma, a regra para se proteger dessa alta do IGP-M é a diversificação. Seguindo essa recomendação, você tem a chance de evitar perdas expressivas na sua carteira.

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