Com as vendas liberadas na 9Block, o que esperar do uso do NFT no Brasil?

Com vendas liberadas a partir deste domingo, 27, a plataforma 9Block promete democratizar o uso de não-NFT no Brasil. Entenda a discussão

Escrito por Cindy Damasceno

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Apesar do seu lançamento oficial há 15 dias a 9Block — primeira plataforma 100% brasileira de token não-fungíveis, os NFT — só deve começar a comercializar suas peças na manhã deste domingo, 27. O negócio tem como um dos sócios o YouTuber Felipe Neto e promete democratizar o acesso à transação digital. Com a chegada do influenciador, é possível se manter otimista sobre a nova forma de troca financeira? O que esperar do uso do NFT no Brasil?

Até agora, no site da 9Block, existem duas coleções de ‘selos’: a primeira ligada à marca do próprio Felipe Neto, com colecionáveis que variam entre R$ 100 e R$ 500, e a segunda voltada para outros produtores de conteúdo ainda não anunciados. 

Apesar do nome não ser tão conhecido pelo público geral, o NFT existe há um tempo. “É um formato novo de algo que já existe”, explica Vinícius Chagas, analista educacional da Blockchain Academy, uma das empresas do Mercado Bitcoin. A transação funciona na base da criptografia — assim como as criptomoedas —, e traz um certificado de originalidade a uma peça, seja ela física ou digital. “Antes era difícil fazer o controle de uma propriedade digital. Não tinha como saber quem era o dono. Agora, com o NFT, isso ficou mais fácil”, continua Chagas. 

Quem possui o NFT de um artigo recebe como garantia que aquilo é a sua versão original — e isso funciona muito bem para a área de entretenimento. “É como se fosse um colecionável, funciona como se fosse um álbum de figurinhas. Todos os meus amigos possuem o mesmo álbum de figurinhas que eu, mas eu quero ter o meu, eu quero completar”, relaciona o analista. 

Como funciona o NFT? Ele é uma opção de investimento?

Para entender o que está por trás do NFT é preciso ter noção de “fungibilidade”. “Quando falamos de fungibilidade, estamos querendo dizer que um ativo pode ser trocado por outro de igual característica pelo mesmo valor. Por exemplo, uma nota de R$10 poderá sempre ser trocada por outra nota com a mesma face de valor, pois ambas são fungíveis”, explica o Co-CEO da Foxbit, Ricardo Dantas.

No caso do NFT, a fungibilidade não existe. O que ocorre é que, através de uma criptografia, é possível colocar um certificado em algo e transformá-lo em um item único e limitado. “Em outras palavras, é uma maneira de digitalizar algo e colocá-lo em blockchain, tornando-o escasso e muitas vezes valioso”, completa Dantas. Blockchain é uma forma de rastrear o envio e recebimento de informações pela Internet de forma segura.  

“Você pode tirar uma foto da Monalisa, mas você não tem a Monalisa”, resume Dantas. O investimento pautado em NFT existe, mas é preciso atenção. “Ele não possui liquidez. Você pode adquirir esse token por R$ 100 mil, mas você pode não vendê-lo por R$ 100 mil”, explica Caroline Nunes, fundadora da iniciativa InspireIP, plataforma que utiliza a dinâmica NFT no marketplace de propriedade intelectual. 

9Block e o mercado de NFT no Brasil: o que esperar

O mercado brasileiro de NFT ainda caminha, na visão de Vinícius Chagas. “Não é um mercado consolidado, a própria tecnologia está em consolidação. Mas a gente já vê vários projetos”. Entre as iniciativas brasileiras já atuantes está a InspireIP.

A chegada de Felipe Neto ao mercado, avalia Caroline Nunes, é um sinal de que os não-fungíveis estão ganhando mais espaço no Brasil. “Traz uma força muito grande. É uma ótima notícia para ajudar a popularizar o NFT no Brasil”, projeta. 

Já para Chagas, como o formato ainda não é muito conhecido, o mercado financeiro deve observar antes de tomar os primeiros passos. “Estamos em uma fase de experimentação. Isso é normal, aconteceu com as empresas de Internet no começo dos anos 2000, Vai acontecer de novo com o blockchain”. 

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