Renda fixa ou renda variável, quem ganha no longo prazo?

Entenda como avaliar qual estratégia pode trazer mais retornos para o investidor.

Escrito por Tiago Reis

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Viver no Brasil sem investir é uma missão quase impossível. Aposentar-se no Brasil contando com a previdência social também é, infelizmente, algo bem complicado. E quando pensamos em longo prazo, estamos considerando justamente a ideia de viver bem após uma longa vida de muito trabalho e dedicação.

Ter acesso a hospitais de qualidade, morar em um lugar seguro, ter condições de se alimentar adequadamente e desfrutar a velhice com qualidade e tranquilidade. Isso tudo é um sonho que pode se tornar realidade, desde que os investimentos façam parte da sua vida o mais cedo possível

Se você já entendeu que investir é fundamental, mas ainda tem dúvidas sobre qual investimento é mais rentável no longo prazo, se renda fixa ou renda variável, hoje quero ajudar você a chegar a uma conclusão. Continue a leitura!

A primeira informação que você deve ter é que não há investimento sem risco e que não existem grandes retornos sem constância, foco e estratégia. Nada cai do céu e você precisa se esforçar para alcançar bons resultados no futuro.

Investir é sim uma atividade de risco, assim como viver, como viajar. Quem tem medo, não sai do lugar. Investimentos conservadores te levarão a resultados conservadores, é simples assim. Claro, não estou falando que você deve colocar todo seu dinheiro, do nada, sem ter conhecimento, no mercado financeiro. Mas ir atrás, buscar aprender, como você está fazendo hoje ao ler este artigo, já é o primeiro passo.  

Nos últimos anos, o contexto brasileiro de juros baixos desfavoreceu a renda fixa. Isso porque o brasileiro estava acostumado com taxas de juros que alcançavam patamares de 16% ou mais e, nessa época, a rentabilidade da renda fixa era maravilhosa. O investimento era visto como garantia de bons retornos, porto seguro para qualquer investidor. Mas, com a queda dos juros – que chegou a bater 1,90%  entre agosto de 2020 e março de 2021 –, a renda fixa passou a ser considerada “perda fixa”, já que os rendimentos poderiam ser até negativos ao descontar a inflação. 

Foi neste cenário que a renda variável ganhou maior projeção no país. A bolsa de valores brasileira viu o número de investidores pessoa física crescer exponencialmente – em 2019, alcançou 1 milhão de investidores, e, em junho de 2021, 3,8 milhões de CPFs já estavam cadastrados na B3. Agora, em janeiro de 2022, com a taxa Selic a 9,25% ao ano e com a perspectiva do mercado de fechar o ano em 11,5%, a renda fixa está ganhando os holofotes novamente. 

Deu para entender a dinâmica, certo? Juros baixos deixam a renda fixa desinteressante, juros altos favorecem o investimento. 

Enquanto isso, na renda variável, comprar ações de boas empresas constantemente (de preferência quando estão sendo negociadas abaixo de seu valuation), tornar-se sócio de companhias sólidas, que apresentam bom balanço, que são bem geridas, que têm projetos de expansão para o futuro, que pagam bons dividendos, é uma estratégia que, no longo prazo, trará excelentes rendimentos.

E não sou eu que estou falando. A história mostra que isso foi o que fez e faz ainda hoje os maiores investidores de bolsa de valores do mundo, como Warren Buffett, Charlie Munger, Luiz Barsi. Hoje, esses senhores possuem um império, conquistado ao longo de uma vida de investimentos. 

Agora, pensem comigo: renda fixa ou renda variável não precisam e não devem ser “rivais”, tipo futebol, “ou eu torço para o Corinthians ou eu torço para o São Paulo”. O bom investidor é aquele que sabe aproveitar as melhores oportunidades do mercado naquele momento. Hoje, janeiro de 2022, eu te digo que investir em renda fixa deve sim fazer parte da sua carteira. Até mesmo quando ela não estava rendendo nada, ela tinha sua utilidade como lugar seguro para manter sua reserva de emergência e sua reserva de oportunidade, por exemplo. 

Ou seja, não existe um vencedor, nada está escrito em pedra. O que você não pode fazer é não investir por medo. No longo prazo, quem ganha, é você que montou uma carteira de investimentos diversificada, incluindo a renda fixa. 

Agora, claro, investir em renda variável é, sem dúvida, na minha visão, a melhor forma de obter maiores ganhos no longo prazo e se aposentar com segurança. Desde que você faça boas escolhas, fundamentadas em dados, em análise, coloque seu dinheiro nos ativos “corretos”, faça reajustes conforme o cenário mude, enfim, que esteja antenado no mercado, buscando aprender, crescer. Conte comigo, com a Suno e com o iDinheiro para isso!

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