Renegociação ou portabilidade podem tornar financiamento mais barato; veja o que vale a pena

Renegociação ou portabilidade pode ser solução para 23,6 milhões conseguirem financiamento mais barato. Saiba como escolher.

Escrito por Isabella Proença

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De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), 23,6 milhões de pessoas (4,2 milhões no financiamento de veículos, 493 mil no crédito imobiliário e 18,9 milhões no crédito consignado) pagam preços acima da média do sistema financeiro. Renegociação e portabilidade são algumas opções para conseguir financiamento mais barato.

Nos últimos 5 anos, a Selic (taxa básica de juros) caiu mais de 10 pontos percentuais e, consequentemente, as instituições financeiras diminuíram os juros de suas linhas de crédito. Dessa forma, quem pegou empréstimo antes deste período pode estar juros maiores.

Com informações da Folha de S. Paulo.

Como funciona a portabilidade?

Facilitada em 2014 pelo BC, a portabilidade permite que o consumidor transfira seu empréstimo para outra instituição bancária que ofereça melhores condições. A instituição de origem, pelas regras, é obrigada a concordar com a operação, conceder informações contratuais e não cobrar multa.

Para solicitar a portabilidade, o cliente precisa comparecer ao banco com o qual tem relacionamento e solicitar informações sobre a operação de crédito que deseja migrar. Após isso, ele deve cotar em outras instituições as condições oferecidas para a mesma linha de crédito. 

Depois de optar por uma melhor condição com outro banco, basta assinar o novo contrato para que a nova instituição faça o pagamento da dívida para a anterior. Vale ressaltar que o consumidor não precisa intermediar esse processo.

Outra solução é renegociar a dívida com o próprio banco.

Renegociação ou portabilidade para conseguir financiamento mais barato?

A mentora financeira Silvia Brunelli Machado afirmou à Folha que ainda há burocracia para solicitar migração para conseguir um financiamento mais barato. “Para migrar, a instituição que compra a dívida pode pedir nova avaliação do imóvel, no caso de financiamento habitacional, e o registro em cartório também gera um novo custo. O gerente do banco de origem usa isso para persuadir o cliente de que não vale a pena”, disse.

Além disso, os bancos podem tentar diretamente uma renegociação com o cliente para impedir que ele opte pela troca.

De acordo com dados do BC, de 2016 em diante os juros médios do crédito imobiliário diminuíram 3,82 pontos percentuais, ou seja, de 10,49% ao ano passaram para 6,67%.

Nos financiamentos de veículos ,a queda foi ainda maior: no mesmo período, a taxa foi de 29,4% para 19,38%. Ou seja, uma redução de 10 pontos percentuais.

Já os juros cobrados no crédito consignado, em que as parcelas são diretamente descontadas do salário do trabalhador, foram de 27,48% para 21,32% — uma redução de 6 pontos percentuais.

Segundo a pesquisa da autoridade monetária, no crédito imobiliário a portabilidade “atinge pequena porção de seu potencial”. O estudo ainda indica que é perfeitamente normal o cliente conseguir uma contraproposta ainda mais vantajosa da instituição de origem e não optar pela troca de banco.

“Em 2020, foram registradas quase 6,3 milhões de solicitações de portabilidade de crédito. Desse total, 62% foram efetivadas e 13% foram retidas após negociação com o cliente. A retenção após negociação também pode ser entendida como um resultado exitoso do processo de portabilidade, uma vez que, em princípio, a credora original conseguiu oferecer ao tomador condições melhores ou iguais às da instituição proponente”, diz o documento.

Também à Folha, o professor de finanças da FGV, Rafael Schiozer, pondera que nem todos os que pagam juros acima da média do mercado conseguiram melhores condições em outras instituições bancárias. “Depende muito do perfil de risco e, por isso, alguns vão pagar mais mesmo, porque a possibilidade de inadimplência é maior”, afirma.

O economista acredita que o open banking, que está sendo implementado desde fevereiro deste ano, deve estimular os pedidos de transferência de dívida entre instituições.

“A implementação do open banking tende a impactar positivamente a portabilidade de crédito em duas frentes: reduzindo as vantagens informacionais das instituições originais e facilitando, para o tomador, a busca pela melhor oferta”, descreve o documento.

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