Fundo de Investimento em Direitos Creditórios: o que é o FIDC?

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) é uma opção válida para a diversificação de indexadores. Veja como tudo isso funciona.

Escrito por Amanda Gusmão

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Fundo de Investimento em Direitos Creditórios: o que é o FIDC?

Já ouviu falar em Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC)? Existem tantas formas de investir além dos produtos tradicionais que, às vezes, bate uma dúvida de qual deles é o melhor.

A dica é conhecer bem todos os tipos de investimentos, o que influencia seus ganhos, qual o seu perfil de investidor e, claro, ter seus objetivos bem traçados.

Neste post aqui vamos ajudar na primeira parte, ou seja, conhecer mais um tipo de investimento, o FIDC. Confira.

O que é um Fundo de investimento em Direitos Creditórios (FIDC)?

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios é uma aplicação que, obrigatoriamente, é composta por 50% de direitos creditórios.

Mas, o que isso significa?

Direitos creditórios são recebíveis de operações comerciais, imobiliárias, financeiras, dentre outras, das empresas.

Quando uma empresa negocia valores parcelados, portanto, pode usar o direito de recebimento para terceiros, como é o caso das administradoras de FIDC.

Como funciona o FIDC?

Assim como outras aplicações dessa modalidade, o FIDC deve ser constituído por uma instituição financeira habilitada como administradora pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Dessa forma, a administradora vai criar um fundo obedecendo sua proporcionalidade. Ela deve ser de 50% em direitos creditórios e fazer sua distribuição direta, pelos bancos e/ou corretoras.

Assim, os investidores que aplicam em FIDC são chamados de cotistas.

Nesse sentido, eles podem escolher entre fundos abertos, que permitem o resgate a qualquer tempo, ou, fechados, onde é preciso aguardar o prazo final.

Todavia, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios é uma opção conservadora ou moderada? Quais as variáveis financeiras influenciam seu desempenho no mercado? Vamos tirar essas dúvidas a seguir.

O que você precisa saber sobre os tipos de cotas do FIDC?

Além das opções de FIDC abertos e fechados, existem outras características desse tipo de fundo que é importante conhecer. É o caso dos tipos de cotas.

As cotas de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios podem ser seniores e subordinadas.

Dessa maneira, as primeiras, seniores, têm rentabilidade prefixada, preferências no resgate e amortizações em relação àquelas subordinadas.

Essas características fazem com que essas cotas e fundo sejam muito parecidos com um título de renda fixa, não é mesmo? Nem tanto.

Se o fundo render menos do que o esperado, os cotistas seniores terão sua rentabilidade garantida, enquanto os subordinados podem receber menos.

Todavia, se o FIDC render além da meta estipulada, o cenário será mais vantajoso para os subordinados.

Afinal de contas, eles receberão proporcional ao desempenho, enquanto os seniores permanecerão com seus ganhos fixos.

Percebe que um mesmo investimento tem estilos diferentes de retorno?

Nesse sentido, então, como saber se ele aplica ao seu perfil?

Qual o perfil ideal do investidor no Fundo de Investimento em Direitos Creditórios?

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, seja qual for o tipo de cota, é destinado a investidores qualificados.

O que é investidor qualificado?

O investidor qualificado é aquele que tem formação específica para o mercado financeiro, experiência comprovada, volume de capital e conhecimento prático para avaliar os riscos de cada tipo de investimento.

Dessa forma, os investidores de FIDC são, normalmente, aqueles considerados:

  • profissionais do setor;
  • certificados como qualificados pela CVM;
  • agentes autônomos;
  • clubes de investimentos; e
  • pessoas, físicas ou jurídicas, que tenham mais de R$1 milhão aplicados e devidamente registrados.

Sabendo disso, a obrigatoriedade faz com que esse tipo de investimento seja muito específico, e com um grupo mais exclusivo que pode investir dessa maneira, não é mesmo?

Todavia, o que mais o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios tem a oferecer? Vamos entender seus prós e contras.

Quais os prós e contras do Fundo de investimento em Direitos Creditórios?

A necessidade de ser um investidor qualificado restringe aplicações nos FIDC, não é mesmo?

Nesse sentido, essa é uma desvantagem para quem se interessou pelo tipo de investimento. E, o que dizer das suas demais características? Vejamos.

Pró: rentabilidade

A rentabilidade do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios é, muitas vezes, superior ao CDI, que é um indicador que acompanhar a taxa Selic.

Contra: não é garantido pelo FGC

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito, que é um dos critérios que investidores mais conservadores valorizam.

Pró: fator de risco

As agências de rating, que acompanham os fatores de risco de um investimento, também classificam o FIDC, o que traz uma certa segurança para os investidores já que podem contar com informações confiáveis sobre o fundo.

Contra: valor mínimo para aporte inicial

Para investir em FIDC, é preciso aplicar, pelo menos, R$25 mil inicialmente, o que é considerado um aporte inicial alto para muitos investidores.

Contra: oferta de FIDC

Além de atender todos os requisito para ser considerado um investidor qualificado, o interessado nessa modalidade de investimentos também precisa buscar uma instituição financeira que comercialize FIDC.

Afinal de contas, não são todas elas que oferecem essa opção.

Pró: diversificação de investimentos

Uma das estratégias mais eficientes para o mundo dos investimentos é a diversificação. Ou seja, distribuir suas aplicações em tipos de ativos diferentes, com indexadores diferentes.

Dessa forma, o FIDC é formado por 50% de direitos creditórios. Este é um indexador muito específico que permite aumentar a variedade de influenciadores da performance dos investimentos.

Conclusão

Então, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) é o seu perfil?

Nesse sentido, acredita que você se encaixa nas exigências do investidor qualificado?

Se não for o caso, não se chateie, existem outros tipos de investimentos no mercado igualmente interessantes!

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