Orçamento familiar: aprenda a se organizar e aplicá-lo de forma eficiente

Não sabe ao certo para onde está indo seu dinheiro todo mês? Resolva esse problema! Aprenda como organizar o orçamento familiar agora!

Escrito por Victor Leitão

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Orçamento familiar: aprenda a se organizar e aplicá-lo de forma eficiente

Como está a situação financeira da sua família?

Vocês normalmente conseguem poupar algum dinheiro e realizar os objetivos de vida ou estão sempre endividados e com dificuldades no orçamento?

Para começar a poupar, atingir uma situação financeira melhor e conseguir realizar os objetivos de vida é necessário organizar o orçamento doméstico.

Se a família quer alcançar a tranquilidade financeira, os membros devem conversar entre si sobre o tema das finanças familiares e seguir 4 etapas fundamentais. Veja quais são!

Como organizar o orçamento familiar em 7 etapas

Fizemos uma lista com 7 maneiras de organizar o orçamento familiar.

Algumas são mais práticas, outras envolvem o lado emocional, mas todas te deixarão preparado para aplicar ótimos hábitos financeiros na rotina.

Vamos lá?

1. Analise detalhadamente as finanças familiares

Deve ser feito um verdadeiro diagnóstico das finanças da família!

Ou seja, todos os gastos e rendimentos de todos os membros da família devem ser anotados com muita precisão, para que se descubra o real valor de quanto entra de renda e com o que o dinheiro está sendo gasto.

Toda e qualquer despesa deve ser anotada minuciosamente.

Algumas pessoas podem achar esta tarefa entediante, mas isso é fundamental para o efetivo controle e melhora do seu patrimônio.

Afinal, vocês querem ou não querem viver bem, realizarem seus sonhos e terem tranquilidade financeira?!

Além disso, é importante reforçar um outro ponto. Inicialmente, é possível que o hábito de anotar cause um certo desconforto em você ou em mais alguém da família.

Isso é normal e acontece, na maioria dos casos, porque em um primeiro momento, temos noção do “tamanho do problema”.

Imagine perceber que você vem gastando R$ 800 reais de iFood todo mês, quando poderia direcionar parte do valor para compras no supermercado?

O mesmo acontecerá com outros padrões não muito interessantes. É justamente nessa hora que percebemos aqueles pequenos “vícios” na rotina, que podem parecer inofensivos, mas no final do mês se tornam extremamente comprometedores para as finanças.

Todavia, na medida em que o hábito for estabelecido (e você aplicar outras dicas que daremos aqui), a situação tende a melhorar e esse desconforto se transformará em alívio.

Lembrem-se disso sempre, assim vocês realizarão essa tarefa com muita dedicação e com certeza terão ótimos resultados financeiros.

Para ajudar nessa tarefa, vocês podem escolher a maneira que melhor lhes convier, seja um app de controle financeiro, uma planilha ou até mesmo um caderno.

2. Corte/diminua os gastos supérfluos

Logo após a análise do orçamento familiar quase sempre as pessoas percebem que é possível diminuir os gastos de 20% a 30%.

Lembre-se daquilo que falamos acima? Com o hábito de visualizar padrões, sejam eles positivos ou negativos, somos capazes de definir estratégias poderosas de mudança.

Pensando nisso, lembre-se até mesmo daqueles gastos (aparentemente) pequeninos.

Mudar o pacote de TV a cabo ou o plano de celular são alguns dos exemplos.

O cafezinho de todo dia ou o cinema da semana podem parecer inofensivos, num primeiro momento.

Entretanto, são nessas “pequenas despesas” que se desenvolvem os excessos: a taxa de conveniência na hora de adquirir ingressos pela internet, a luz do abajur, o banho demorado…

Vocês devem se fazer a seguinte pergunta: isso é realmente necessário para a minha vida, todos os dias?

Não estamos defendendo um estilo de vida baseado em limitações e sensação de não estar fazendo algo que você gosta. Muito pelo contrário!

Ir ao cinema com a família, se divertir assistindo um filme na televisão ou pedir aquele jantar especial são consequências de muito trabalho e esforço diário.

No entanto, ponderamos a necessidade de ter atenção quando eles se transformam em algo excessivo. 

Ao analisar seus hábitos, vocês irão perceber que esses gastos desnecessários podem estar obstruindo a busca por dinheiro.

Aliás, você pode experimentar métodos orçamentários, como a Regra 50/30/20 para te ajudar a se manter na linha, ou, pelo menos, como um guia de onde gastar seu dinheiro.

3. Tenha projetos de vida no curto, médio e longo prazos

Fazer uma viagem, trocar de carro, planejar a aposentadoria ou comprar a casa própria.

Calculem o quanto irá custar cada um desses projetos e quanto tempo irá demorar para realizar cada um deles.

Quando vocês conseguirem realizar um destes sonhos, substitua-o por outro objetivo.

Contudo, muita atenção: não use todo o dinheiro poupado para satisfazer desejos imediatos, que impedem a realização dos objetivos maiores!

Depois de definir quais são esses projetos, você pode transformá-los em metas mais palpáveis.

Agora, você pode pensar: o que queremos dizer com isso? É muito simples, não se preocupe.

Muitas pessoas têm receio de estipular metas para si ou para a família. Aquele famoso hábito de traçar objetivos no início do ano e não conseguir cumprir, por si só, carrega uma quantidade de desmotivação.

De toda forma, não precisa ser assim! Veja algumas formas de traçar boas metas:

  • defina um período de tempo para que ela seja cumprida;
  • fuja de metas muito rasas, como “ganhar dinheiro”, “viajar” ou “trocar de carro”;
  • defina formas práticas de alcançar, você pode destrinchá-las de maneira mensal, quinzenal ou até mesmo semanal;
  • pense em metas e objetivos alcançáveis, assim você terá maior motivação (e meios possíveis) de chegar até o final;
  • defina metas mensuráveis, se você deseja viajar para a Disney em 2022, quanto custa essa viagem?

Existem várias outras formas de trabalhar com metas de sucesso. Fizemos um conteúdo completo que, com certeza, poderá te ajudar nessa jornada!

4. Para melhorar o orçamento familiar, invista e realize sonhos

Para saber onde aplicar o dinheiro, deve-se levar em conta o prazo de cada objetivo:

  • longo prazo (acima de 5 anos): valores podem ser aplicados em títulos indexados à inflação do Tesouro Direto.
  • médio prazo (1 a 5 anos): dinheiro pode ser aplicado também no Tesouro Direto, CDBs, fundos de investimento;
  • curto prazo (até 1 ano): dinheiro deve ficar numa aplicação fácil de retirar, tal como o título do Tesouro Direto indexado à Selic.

Dependendo da sua realidade, prioridades, quantia a ser investida e perfil, poderá avaliar entre uma série de opções disponíveis no mercado de investimentos.

Além disso, tenha em mente que o processo de se tornar investidor, começar a dar os primeiros passos e finalmente alavancar, não será tão rápido quanto muitas pessoas vendem.

Tome cuidado com promessas milagrosas e o combo do “retorno altíssimo em um curto período de tempo”. Na verdade, promessas em geral devem ser completamente evitadas.

Crie uma autonomia nos estudos e entenda, de verdade, os motivos de algum investimento específico ser o mais indicado para você.

Sabendo exatamente onde está o seu dinheiro e quais são as possíveis consequências daquela aplicação, você terá segurança suficiente para manter o orçamento familiar organizado.

5. Motive toda a família na construção e aplicação do orçamento familiar

Por aqui, vamos tocar em um ponto que muitas vezes fica esquecido.

Demos uma série de dicas focadas em estratégia e definição de objetivos, isso você provavelmente já entendeu.

Todavia, de nada adianta todo o engajamento caso o restante da família não esteja ciente e participando.

No caso de moradores “solo”, fica muito mais simples, afinal o alinhamento é entre você e você.

Sabendo disso, lembre-se que será preciso investir em muitos momentos de diálogo e alinhamento em grupo. E, mais do que isso, um esforço coletivo para que todos sigam com o esforço diário.

Porque sim, no final de tudo, se trata de um esforço. É uma grande recompensa ver as contas se organizando, mas para chegar nisso, houve todo um movimento por trás.

Se houverem crianças na família, inclusive, mantenha-as educadas e participativas: dentro do possível, é claro.

A educação financeira para crianças contribui não somente para a saúde das finanças em casa, mas forma pessoas muito mais independentes e bem-sucedidas.

6. Enfrente o fracasso de cabeça erguida

Não poderíamos manter este conteúdo sem trazer uma dose de “conselhos motivacionais”.

O processo de construção e organização do orçamento, como já adiantamos, não é tão simples quanto parece. E muito menos linear.

Pensando nisso, engana-se quem imagina a trajetória como uma curva em constante crescimento.

Muitas vezes, será necessário repensar alguma estratégia. Em outras, você precisará mudar tudo! E está tudo bem.

A chave está em como você poderá passar por cima dos imprevistos e propor novas formas de recuperar o prejuízo.

Infelizmente, ao encontrar problemas financeiros, como uma dívida inesperada, o caminho mais simples é jogar todo o esforço para o alto e pensar no famoso “depois eu começo de novo”.

Todavia, quanto mais você demorar para se recuperar, maiores são as chances de um problema menor se transformar na mais verdadeira bola de neve. 

Por isso, esteja preparado para encarar imprevistos e, mesmo em meio aos momentos de frustração, pensar no cenário maior.

7. Saiba que o processo será responsável por mudar toda a forma que você vê o dinheiro

Todo mundo conhece aquela pessoa que, pelo menos uma vez na vida, se atrapalhou com o cartão de crédito. Ou aquele que vivia como se o limite disponível pelo banco fosse, na verdade, sua renda mensal.

A preocupação com os boletos, então, virava parte da rotina.

Sendo assim, o mesmo acontecia com serviços financeiros em geral. Aquele que contratou um empréstimo no desespero e se arrependeu, outro que optou por um consórcio sem avaliar outras opções… E assim seguimos.

Essa pessoa, inclusive, pode ser (ou já ter sido) você.

Quando nos organizamos financeiramente e somos capazes de colocar um bom orçamento em prática, toda a mentalidade passada muda para melhor.

Talvez não toda, vamos evitar o radicalismo. Porém boa parte dela será modificada para melhor.

Sabendo disso, por mais que o processo seja árduo, lembre-se que você será capaz de lidar melhor não somente com o dinheiro, mas com vários serviços financeiros que “batem na nossa porta” todos os dias.

Dessa forma, tenha certeza, você será capaz de realizar muitos outros sonhos, desejos e vontades que, por muito tempo, ficaram guardados.

Muita atenção para os gastos fixos!

A soma de todas as despesas fixas, tais como água, luz, supermercado, condomínio, plano de saúde, telefone e internet, TV a cabo e escola deve estar limitadas a 50% da renda.

Se estiver muito acima disso, é hora de repensar o padrão de vida para adaptar à realidade da renda.

Caso o endividamento familiar seja apenas uma questão temporária, é possível cortar despesas supérfluas para resolver esse desajuste pontual.

No entanto, se os gastos fixos consomem a maior parte da renda mensal, é sinal que a família está vivendo em um padrão de vida inadequado à sua realidade financeira.

Sendo assim, para que a situação financeira volte a ser estável e tranquila, deve-se reduzir os gastos e passar a poupar ao menos 10% da renda todo mês.

Além disso, a decisão de diminuir as despesas deve ser muito bem pensada, pois às vezes requer até mesmo uma mudança estrutural, como trocar a escola dos filhos ou mudar de casa.

  1. Vilma

    Muito obrigada pelas dicas equipe idinheiro. Precisei de anos de frustrações para entender que com dinheiro não se brinca, sempre frustrada com todos os meus empregos, por não saber lidar com o dinheiro. Por mais que fosse pouco mas se eu tivesse um planejamento ou ideia de como lidar com ele não tinha passado o tempo todo só reclamando da vida. É verdade mesmo os “lanches e cafezinho, etc” são vilões se agente não tomar cuidado. E estou tentando me organizar melhor e fazendo planilhas de gasto para todos da casa.

  2. Eliane Cotrim

    Estou gostando muito do conteúdo. É bem objetivo e fácil de ler. Que pena que não pensei nessas coisas antes. Ainda quero aprender mais.

  3. Gláucia

    Bom. Eu já tinha um planejamento em um caderno, com o aplicativo então, ficou tudo muito mais fácil… Adoro as dicas, p aplicativo e a atenção que vocês dão…
    Parabéns

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