Artigo foi originalmente publicado pelo site Conta em Banco que, desde julho de 2020, faz parte do iDinheiro. Conteúdo e comentários foram integralmente mantidos.
Muita gente fica na dúvida na hora de abrir uma conta bancária: é melhor uma conta corrente ou poupança? A escolha sempre depende dos serviços bancários que você pretende usar. Na prática, a conta corrente oferece mais transações financeiras. Por outro lado, a caderneta de poupança tem rendimento mensal garantido, além de algumas características da conta corrente.
Para ajudar você a se decidir, hoje explicaremos um pouco mais sobre as diferenças entre a conta corrente a poupança. Com essas informações, certamente será mais fácil escolher a modalidade de conta mais ajustada ao seu perfil.
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Como funciona a conta corrente?
A conta corrente possibilita não só a guarda de valores, como também diversas transações bancárias. Todo dinheiro depositado na conta pode ser usado para transferências, pagamentos e investimentos.
O saldo também é movimentado por meio de um cartão magnético habilitado para compras no débito. O cartão serve para utilização em caixas eletrônicos e, em muitos casos, funciona na modalidade crédito caso o cliente queira desbloquear a função.
Há ainda a possibilidade de utilização de folhas de cheque (cada vez menos utilizadas).
Algumas transações que podem ser feitas com uma conta corrente
- pagamentos no débito;
- transferência via DOC ou TED;
- uso do internet banking;
- consultas em caixas eletrônicos;
- investimentos;
- emissão de talões de cheques.
Além disso, o correntista tem acesso a serviços de crédito como empréstimos, financiamentos e cheque especial, bem como seguros e consultorias financeiras.
Como funciona a caderneta de poupança?
Atualmente a maior parte dos bancos oferece uma conta poupança, que na verdade combina algumas características da contas correntes com a caderneta de poupança. O diferencial da caderneta é que o dinheiro aplicado rende mensalmente de acordo com as regras definidas pelo Bacen. Assim, a poupança funciona como uma forma de investimento – ainda que a lucratividade esteja bem abaixo de outras formas de aplicação.
O rendimento da poupança foi reformulado pelo Governo Federal em 2012. Desde então, os juros são calculados da seguinte forma:
- Quando a meta anual da Selic for superior a 8,5% a poupança rende 0,5% ao mês mais TR diária durante o período da aplicação;
- Caso a Selic tenha meta anual igual ou inferior a 8,5%, o rendimento equivale a 70% da Selic, acrescidos de TR.
Com as altas da Selic durante todo o ano, a poupança se mantém com o rendimento antigo, ou seja, 0,5% ao mês + Taxa Referencial.
Além da rentabilidade, quem opta por uma conta poupança também pode utilizar alguns serviços bancários como:
- transferências entre contas do mesmo banco;
- pagamentos na função débito;
- consultas em caixas eletrônicos ou no internet banking;
- saques em dinheiro.
Assim, os serviços mais essenciais da conta corrente ficam disponíveis para a conta poupança. O cliente só precisa estar atento às cobranças feitas pelo banco para não pagar pela utilização da conta.
Qual é melhor?
Como comentamos antes, a escolha depende muito das necessidades de cada pessoa. A conta corrente é mais completa no que tange aos serviços bancários, enquanto a poupança tem o diferencial da rentabilidade. Em vários bancos, o cliente pode ter o melhor dos dois mundos com contas integradas (conta corrente + poupança). A dica para aproveitar todos os benefícios é escolher um pacote de serviços compatível com sua utilização do banco para reduzir os custos e manter a poupança como uma reserva para situações emergenciais.
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Flávio boa tarde. gostaria que o sr me esclarecesse, eu tenho uma conta no itau e estou desempregada e tenho dívida com eles porém tenho 74,00 reais em minha poupança precisei hoje desta importância para pagar um boleto e foi negado. A justificativa foi que eu tenho que primeiro resolver a pendencia pra poder retirar o dinheiro da minha poupança. Passei até mal no banco. Isso está correto, o banco pode fazer isso?
Oi, Shirley! Sinto muito pela sua situação e desculpe a demora em responder. A princípio, o banco não pode tomar nenhum tipo de valor sem antes fazer um acordo com o correntista e também não pode bloquear movimentações em investimentos e nem consumir esse dinheiro para pagar dívidas. No meu entendimento, a postura do banco está errada e você pode, se quiser, fazer uma denúncia no Banco Central e até recorrer a meios jurídicos se eles insistirem. Porém, se possível, procure entrar em acordo com eles para o pagamento da dívida, para evitar problemas futuros. Boa sorte e torcemos que tudo se resolva!