Você sabe o que é e como funciona o Custo Efetivo Total?

Saiba tudo sobre custo efetivo total, como ele funciona, os principais encargos que compõem essa taxa e porque é importante entender sobre!

Escrito por Mariana Vieira

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O custo efetivo total é um dos percentuais mais importantes que você deve observar antes de fazer uma operação financeira.

Muitas pessoas consideram apenas a taxa de juros durante um empréstimo ou financiamento, sem realmente atentar para o valor total dos encargos, que gera um impacto considerável na quantia final a ser paga.

Por isso, é essencial conhecer bem todas as tarifas de uma operação, para ficar entender como funcionam os cálculos financeiros e, assim, se organizar de maneira apropriada.

Pensando nisso, preparamos um guia especial com tudo que você precisa saber sobre custo efetivo total antes de assinar um contrato.

Confira agora!

O que é o CET — Custo Efetivo Total?

O Custo Efetivo Total (CET) é o somatório de todas as taxas e encargos financeiros de um crédito contratado, podendo ser conhecido também como taxa efetiva.

Durante uma operação financeira, como um empréstimo, as empresas costumam destacar principalmente as taxas de juros. No entanto, é importante atentar para a cobrança do CET, uma vez que é esse montante que determina o real valor do contrato.

Basicamente, o custo efetivo total informa quanto o cliente vai pagar ao final da operação de empréstimo ou financiamento.

Isso porque ele não considera apenas os juros e as taxas da instituição, por exemplo, mas também todos os encargos que podem incidir sobre o contrato. Dessa forma, é fundamental procurar saber qual o CET do crédito que você solicita antes de fechar negócio.

Inclusive, trata-se de um direito do consumidor, sendo obrigação das instituições disponibilizarem a tabela de encargos totais no momento da negociação.

Quais são as principais tarifas envolvidas no cálculo do Custo Efetivo Total?

A princípio, cada instituição tem a liberdade de adotar seus próprios métodos de cálculo do custo efetivo total.

Isso porque cada organização considera diferentes encargos e tarifas, que podem variar de acordo com diferentes fatores, como valor e prazo do contrato, por exemplo.

No entanto, existem algumas taxas principais que costumam estar presentes nos contratos da maioria dessas instituições.

Por isso, confira mais detalhes sobre essas tarifas que compõem o custo efetivo total e qual sua importância no montante final do contrato:

Taxas de juros

As taxas de juros são a cobrança mais conhecida do CET, e geralmente a porcentagem que as instituições destacam em seus contratos.

Em resumo, trata-se de uma remuneração compensatória pelo empréstimo do valor, sendo diretamente relacionado com o período de validade do contrato.

Ou seja, quanto maior o tempo ou o número de parcelas, maior será o valor acumulado de juros.

Não existe uma porcentagem fixa, de modo que cada instituição pode cobrar diferentes alíquotas em cada caso.

Taxa de abertura de cadastro

Enquanto isso, uma das tarifas que costumam receber menor destaque, mas que fazem parte do custo efetivo total, é a taxa de abertura de cadastro.

Como o nome indica, a cobrança desse valor costuma incidir no momento do registro do cliente para a oferta de crédito.

No entanto, esse encargo pode divergir opiniões quanto à sua legalidade. 

Isso porque desde 2008 o Banco Central proibiu a cobrança da chamada Taxa de Abertura de Crédito (TAC), como indica o portal JusBrasil.

Entretanto, muitas instituições continuam incluindo essa tarifa no CET, através de outros nomes, como tarifa de abertura de cadastro.

Por esse motivo, é imprescindível que o cliente localize a incidência dessa cobrança no contrato, e questione com os devidos responsáveis jurídicos.

Muitas vezes, a taxa integra o custo efetivo total sem o conhecimento do consumidor, principalmente para novos contratos de crédito.

Assim, é fundamental não apenas conhecer mais sobre a taxa de abertura de cadastro, como também procurar saber sobre sua efetividade.

Taxa de análise de crédito

A análise de crédito é uma etapa fundamental na cessão de créditos para o consumidor.

Nesse momento, as instituições verificam os dados do cliente, bem como seu perfil financeiro e outras informações relevantes que influenciam na aprovação da proposta.

Por isso, é possível que o custo efetivo total também inclua essa taxa de análise em seu montante.

No entanto, a instituição só pode cobrar essa tarifa uma vez, no momento em que o consumidor solicita a análise..

Além disso, também existe a possibilidade de cobrança da taxa de análise de crédito junto com a taxa de abertura, por exemplo.

Seja qual for o caso, as cobranças devem estar descritas no CET para o consumidor.

Taxas administrativas

As taxas administrativas, como é possível identificar pelo nome, são as tarifas cobradas pelos serviços da instituição.

Por isso, também são variáveis, embora costumem permanecer entre 0,3% e 0,5% do valor do contrato.

O consumidor pode localizá-las na descrição do custo efetivo total, e a empresa tem obrigação de explicitá-las no momento da negociação.

É comum que esse encargo incida sobre diferentes operações financeiras, não somente empréstimos ou financiamentos, mas também em investimentos, por exemplo.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um dos encargos mais conhecidos que compõem o custo efetivo total.

Como seu nome indica, trata-se de um tributo federal que incide sobre todo tipo de operação, não apenas empréstimos, como também:

Esse imposto possui valor fixo para cada operação. Atualmente, para empréstimos e financiamentos, a porcentagem é de 0,0082% para pessoas físicas, e 0,0041% para pessoas jurídicas, além de um adicional de 0,38% sobre o valor do contrato.

Além disso, de acordo com a Agência Brasil, também pode existir a incidência de 6% sobre o montante.

Seguros

Por fim, um dos principais encargos do custo efetivo total são as taxas de seguros.

Elas existem em caso de óbito do contratante, ou a perda de sua fonte de renda, como ficar desempregado, por exemplo.

Dessa forma, a instituição determina um seguro para cobrir o empréstimo e financiamento, objetivando diminuir possíveis prejuízos.

No passado, grandes bancos realizavam a inclusão do seguro sem a autorização do cliente, o que configura crime, conforme indicou o portal UOL.

Por isso, atualmente, a maioria das organizações disponibiliza essa cláusula como opcional, e o consumidor deve ser informado antes da cobrança.

Assim como as demais tarifas, ele deve ser capaz de identificar essa tarifa na descrição do CET antes de fechar negócio.

Qual é a diferença entre taxa de juros e Custo Efetivo Total?

É comum que algumas pessoas confundam o custo efetivo total e a taxa de juros. Afinal, a tarifa é a mais destacada pelas instituições no momento de anunciar suas opções de crédito.

No entanto, é importante distinguir ambos os conceitos, especialmente antes de realizar a contratação de um serviço.

A taxa de juros, como mencionado, é um percentual compensatório pelo empréstimo de capital feito pela instituição.

Ou seja, um valor de remuneração que o consumidor paga pelo dinheiro emprestado que pode variar de acordo com cada empresa, incidindo sobre as parcelas mensais em alguns casos.

Enquanto isso, o custo efetivo total é a somatória de todos encargos da operação, incluindo a taxa de juros.

Desta maneira, o CET acaba englobando os juros do empréstimo ou financiamento, além de outras tarifas que podem ser cobradas.

Além disso, esse custo total indica a real quantia a ser paga no final da operação, enquanto os juros são um acréscimo ao valor da parcela acordada.

Caso o consumidor calcule o montante da operação com os juros, pode não chegar ao valor representado no contrato, por conta do CET, que considera as demais tarifas.

Como saber qual é o Custo Efetivo Total de uma operação?

O consumidor tem o direito de exigir o custo efetivo total da sua operação para a instituição financeira antes de assinar o contrato.

Além da obrigação de disponibilizar a planilha de CET para seus clientes, as empresas também devem explicitar todas as cobranças que compõem essa somatória.

Geralmente, é possível conferir todos os encargos no contrato. Entretanto, algumas organizações podem não fornecer essa informação no primeiro documento.

Por isso, os consumidores podem solicitar o custo efetivo total no momento da negociação, bem como pedir por orientações sobre cada cobrança.

Essa obrigação é garantida pelo artigo 2° da resolução n° 3.517 do Banco Central, que também determina outras garantias e fórmulas de cálculo da taxa efetiva.

Embora o custo total deva estar explícito no contrato e outros documentos, o consumidor também pode calcular seu valor através da soma de todas as tarifas incidentes.

Para isso, também é seu direito solicitar que elas estejam descritas de maneira clara e objetiva no momento de finalizar o acordo.

Por que é importante saber qual é o Custo Efetivo Total?

De forma geral, o custo efetivo total é a taxa mais importante no momento de realizar uma operação financeira como empréstimos ou financiamentos.

No momento de realizar a cotação ou análise de propostas, o consumidor pode se deparar apenas com a taxa de juros.

Muitas vezes, essa porcentagem pode parecer atrativa, em comparação a outras ofertas do mercado, mesmo que este único encargo possa não indicar a melhor alternativa de contratação.

Isso porque é o CET que determina o valor real que deverá ser pago no vencimento do contrato.

Exemplo prático de tarifa

Mesmo que a taxa de juros seja consideravelmente menor, outras tarifas podem ser maiores, fazendo com que o custo do produto não seja vantajoso.

Por exemplo, uma instituição A pode oferecer taxa de 15% de juros ao mês, enquanto a empresa B divulga uma taxa de 12%.

Entretanto, o custo efetivo total da organização A é menor, por conta de tarifas de abertura e taxas de administração menores, por exemplo.

Nesse caso, ainda que a instituição B tenha uma taxa de juros menor, seu valor final pode ser maior, a tornando menos vantajosa para o consumidor.

Por isso, é fundamental que o consumidor procure saber qual o CET das empresas que está avaliando, e não apenas as taxas individuais.

Principalmente porque algumas instituições podem não divulgar essa informação no primeiro contato. 

Assim, o cliente acaba pagando mais do que o necessário, por conta dos encargos considerados em segundo plano.

Por esse motivo, o recomendável é que o consumidor solicite a planilha completa para a instituição, mesmo que durante a cotação de propostas.

Dessa forma, além de garantir a melhor alternativa para o empréstimo, também é possível contestar taxas que considerar abusivas, ou mesmo ilegais, como a abertura de crédito.

Por fim, conhecer o custo efetivo total também possibilita uma melhor organização financeira para o futuro.

Quando se preocupar com o Custo Efetivo Total?

Fazer um empréstimo ou um financiamento é uma alternativa interessante para muitas pessoas.

Ele permite a realização de projetos, quitação de dívidas e outras facilidades que podem melhorar a saúde financeira e a qualidade de vida desses consumidores.

No entanto, é fundamental se organizar apropriadamente antes de solicitar esse serviço, principalmente para não se enrolar no futuro.

Para isso, analisar o custo efetivo total da operação é um dos primeiros passos e também de extrema importância.

Esse valor indica a quantia real que você irá pagar ao final do contrato, e pode ajudar na organização das suas finanças e parcelas.

Além disso, avaliar o CET de cada instituição proporciona uma cotação de propostas mais completa e real.

Dessa forma, você poderá escolher a melhor opção para sua situação, conhecendo todos os encargos e cobranças posteriores.

É direito do consumidor solicitar a planilha de CET, bem como questionar tarifas que considerar inadequadas.

Isso só é possível conhecendo bem a taxa efetiva, de modo que ela deve ser uma das primeiras preocupações no momento em que você decidir contratar esses serviços.

Por fim, é essencial analisar com atenção todo o detalhamento do contrato, e identificar cada composição do custo efetivo.

Assim, sua experiência com o empréstimo será a melhor possível, sem surpresas com o valor final.

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  1. Cris Marinho

    Muito obrigada pelas informações. Para quem está se organizando para financiamento imobiliário, as informações são extremamente relevantes.

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