Quais Foram os Planos Econômicos? Veja o resumo

Você conhece os planos econômicos? Saiba aqui a característica dos quatro planos econômicos mais famosos, quais foram suas consequências e mais.

Escrito por Flávio Mariano

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Para entendermos o cenário econômico atual, temos que também conhecermos a história por trás dos planos econômicos que foram implementados ao longo da história brasileira. Os planos econômicos são implementados quando há uma situação econômica no país em que o governo se vê obrigado a intervir. Neste artigo iremos falar um pouco acerca dos planos implementados entre os anos de 1987 e 1991.

Nas décadas 80 e 90, afim de tentar diminuir a inflação, o governo lançou os planos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991), que fizeram mudanças nas correções monetárias dos saldos das poupanças. Conheça abaixo detalhadamente estes planos e saibam as mudanças que eles ocasionaram.

Os Planos Econômicos

Nas décadas de 80 e 90 a inflação estava alta, prejudicando maleficamente a economia do país. Assim, o governo começou a lançar os planos econômicos para controlarem as inflações, alterando o cálculo das correções monetárias feitas nos saldos da caderneta de poupança.

Porém, os planos econômicos ocasionaram perdas aos investidores na caderneta, e as taxas de correção foram aplicadas antes mesmo dos planos começarem a ficar vigentes. Conheça abaixo cada um mais detalhadamente.

Plano Bresser (15 de junho de 1987)

Este plano foi lançado pelo ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira, em 15 de junho de 1987. Quem era presidente nesta época era José Sarney, que havia tentado seguir o Plano Cruzado II, afim de controlar a inflação e também as dívidas externas. Porém, o plano anterior fracassou, de forma que a situação piorou e a inflação atingiu 23,26%.

Assim, foi implementado o Plano Bresser, que se configurou no congelamento por 90 dias, de preços, salários e outros câmbios, como aluguéis. Também foi determinada a LBC (Letra do Banco Central), para que fosse realizada a correção monetária do saldo da poupança.

O IPC (Índice de Preço ao Consumidor), foi utilizado para se realizar a correção do saldo da poupança, passando a ser 18,02% frente a variação de 26,06%. Assim, houve uma diferença de 8% neste índice, o que atingiu os poupadores cuja as cadernetas faziam aniversário até o dia 15 de julho, algo que foi incorreto.

Plano Verão (15 de janeiro de 1989)

O Plano Verão foi instituído dois anos após o Bresser, também durante o governo do José Sarney. Este foi o quarto plano de estabilização tentado ser colocado em prática no governo Sarney, também para o controle de inflação, uma questão que não foi resolvida.

Novamente, este plano congelou os salários e preços, além de criar uma moeda nova, chamada de Cruzado Novo. Esta reforma monetária foi inicialmente feita em paridade com o dólar. O IPC foi substituído pelo LFTs (Letras Financeiras do Tesouro). De forma recorrente a correção gerou uma disparidade de valores, pois os bancos não creditaram nas poupanças que tinham aniversário entre os dias 1 e 15 de janeiro a diferença de 20%.

Plano Collor I (16 de março de 1990)

Um ano depois do Plano Verão, foi instituído o Plano Collor I, após a posse do presidente Fernando Collor. Neste plano o Cruzado Novo foi substituído pelo Cruzeiro e ocorreu também o confisco e congelamento da poupança, por 18 meses, os valores investidos que fossem maiores que NCz$50 mil. Os valores apreendidos iriam ser corrigidos de acordo com o BTNF (Bônus do Tesouro Nacional Fiscal), e os menores que a quantia determinada, seriam remunerados de acordo com o IPC. Porém, ambos os valores foram corrigidos pelo BTNF.

Planos econômicos do governo Collor.
Entenda quais foram as consequências dos planos implementados no governo Collor.

Plano Collor II (31 de janeiro de 1991)

O plano Collor II teve como intuito a correção de inflação. Ele congelou preços, salários, aumentou as tarifas públicas e criou a Taxa de Referência de Juros (TR). Ademais, ele também extinguiu a correção da poupança conforme o BTNF e estabeleceu, em vez deste índice, a Taxa Referencial Diária (TRD).

Com isso, o rendimento da poupança diminuiu 14,11%, pois o TRD possuía menor rendimento nesta época. Assim, os indivíduos que possuíam cadernetas e dinheiro aplicado entre 1 e 31 de janeiro sofreram esta perda de dinheiro.

E quem foi prejudicado?

Os que foram prejudicados podem agora ter o ressarcimento dos valores, devido aos acordos que foram elaborados. O Idec possui ações referentes aos Planos Bresser, Verão e Collor II, de modo que as pessoas possam receber a quantia devida. Fazem parte do acordo os bancos Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banese, Banestes, Banrisul, BanPará, BNB, Bradesco, BRB, Caixa Econômica Federal, CCB Brasil, China Construction Bank, Citibank, Itaú, Safra, Santander.

O acordo estabelecido com os bancos preveem restituições financeiras para os poupadores ou herdeiros que tenham entrado na justiça com ações individuais ou coletivas públicas até 31 de dezembro de 2016.

Para aderir ao acordo, basta que você realize o cadastro no Portal de Acordos. São necessário advogados para os que não possuem associação com o Idec. Os que forem associados não precisam de representação legal. Confira os documentos necessários no site.

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