Está endividado? Veja 7 erros para NÃO cometer na hora da renegociação de dívidas!

Comprometer boa parte da renda com dívidas, não definir prioridades e optar por soluções milagrosas são apenas alguns dos erros bastante comuns cometidos por pessoas endividadas.

Escrito por Camille Guilardi

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O segundo semestre do ano normalmente é um bom momento para a renegociação de dívidas, ainda mais em um momento de crise como o que estamos vivendo. Por isso, se você está com problemas financeiros, é interessante aproveitar essa época do ano.

Pensando no pagamento do 13º salário, bancos e lojistas costumam oferecer melhores condições para ajudar o consumidor endividado a limpar o nome e voltar às compras.

No entanto, na ânsia de tirar o nome dos cadastros de proteção ao crédito, vários consumidores cometem alguns erros que, além de aumentar o débito, podem inviabilizar seu pagamento.

Deixar de considerar os custos que estão embutidos na dívida é um desses erros. As tarifas embutidas no financiamento, assim como os impostos e os seguros, podem tornar a prestação mais alta. Sendo assim, é necessário computar todos esses custos.

Além das tarifas, o prazo de pagamento também é importante. Às vezes a taxa oferecida em uma negociação é até baixa, mas o pagamento será feito por um prazo muito mais longo do que o necessário.

Antes de tudo, cuidado com a publicidade de alguns produtos!

Nos últimos tempos, os endividados tornaram-se alvo recorrente de instituições financeiras. Porém, deixar-se levar pela publicidade de alguns produtos pode ser outro erro.

Empréstimo que permite ao consumidor “pular” uma parcela, linhas de crédito contratadas sem necessidade de comprovação de renda (destinadas a quem está com o nome sujo) e título de capitalização que sorteia dinheiro para pagamento de dívidas estão entre as opções oferecidas no mercado. 

A maioria dos endividados têm a ilusão de que hoje estão apertados, mas amanhã conseguirão sanar a dívida mesmo sem um planejamento financeiro. Isso nunca acontece.

Outro problema ocorre quando, empolgado com a possibilidade de limpar o nome, o consumidor compromete uma parte muito grande da renda com o pagamento da dívida.

Deve-se buscar um acordo viável.

De maneira geral, o endividado não pode comprometer mais do que 30% da renda com o pagamento das dívidas. E esses 30% devem ser considerados após todos os descontos, ou seja, 30% da renda líquida

Além disso, no limite de 30%, devem estar incluídas todas as dívidas, como prestação da casa e do carro, por exemplo. De nada adianta, também, limpar o nome e correr para fazer novas compras a prazo. É fundamental reservar dinheiro para o pagamento da parcela.

Como nos preocupamos com a sua saúde financeira, listamos os 7 principais erros dos consumidores ao tentar conseguir uma renegociação de dívidas, para que você não os cometa. Veja quais são: 

Renegociação de dívidas: 7 erros para NÃO cometer! 

1. Não reestruturar o orçamento

A primeira coisa que uma pessoa endividada deve fazer é procurar o credor para renegociar o débito. Contudo, de nada adianta firmar um acordo se o orçamento pessoal não for revisto.

Antes de sair pagando a dívida, é necessário fazer um diagnóstico financeiro. Assim, é preciso conversar com a família e cortar gastos, para evitar cair em novas dívidas no futuro. Além disso, utilizar um aplicativo de controle financeiro ou uma planilha vai te ajudar bastante a ver onde poderá economizar.

Dessa maneira, você terá mais dinheiro disponível mensalmente e conseguirá quitar suas dívidas de modo muito mais rápido.

2. Optar por soluções milagrosas

As instituições financeiras oferecem vários produtos para quem está endividado.

No entanto, acreditar na sorte ou adiar o pagamento não são as melhores formas de encarar o problema. Portanto, por mais longe que você sinta que está do seu objetivo, lembre-se que as coisas vão dar certo. Afinal, não adianta sair de um buraco enquanto cava outro.

3. Ignorar custos não explícitos

O endividado não gasta apenas com juros, há outros gastos embutidos em um financiamento, como impostos, seguros e tarifas, que muitas vezes não são claramente informados.

É obrigação do banco ou da loja mostrar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento, que inclui todos esses valores e diz com maior precisão o gasto que o consumidor terá para quitar aquela dívida.

4. Não definir prioridades

O endividado tem que estabelecer prioridades de pagamento, até porque nem sempre será possível quitar todas as dívidas de uma só vez.

Nesse sentido, as dívidas com juros maiores devem ser priorizadas, tais como: cheque especial e cartão de crédito, até porque, quando se trata dessas duas linhas de crédito, não é que os juros sejam só altos, mas sim exorbitantes!

Financiamentos da casa e do carro também não podem ser deixados de lado. A explicação para isso é que, nesses casos, os bens são dados como garantia, e a falta de pagamento pode fazer o consumidor perdê-los para o banco.

5. Não prestar atenção no prazo

Uma forma interessante de negociar dívidas é pedir que a loja ou o banco reduza os juros cobrados. Entretanto, analisar só os juros ou o valor da parcela não é suficiente. É preciso prestar atenção no prazo de pagamento da dívida.

É melhor uma dívida de um dia com 100% de juros do que uma dívida de um ano com 95% de juros. Ou seja: mesmo que a taxa seja mais baixa, a dívida será muito cara se o prazo de pagamento for longo demais.

6. Comprometer boa parte da renda com dívidas

É natural que quem tem dívidas queira se livrar delas o quanto antes.

Entretanto, aqueles que comprometem uma parte muito grande da renda com as parcelas dificilmente conseguem pagá-las. O ideal é que as dívidas (todas elas) correspondam a no máximo 30% do salário líquido do consumidor.

7. Realizar novas compras a prazo

Se o consumidor está inadimplente e consegue renegociar a dívida, seu nome deve ser retirado dos cadastros de proteção ao crédito.

Porém, isso não significa que ele deve se sentir livre para assumir novas prestações. É preciso honrar o acordo e reservar dinheiro para as prestações. Sair das dívidas é um sonho e é necessário priorizá-lo para atingir o objetivo.

BÔNUS: Contratar produto para ter desconto

Diversas vezes, ao renegociar uma dívida ou pedir um empréstimo para o banco, o consumidor é informado de que pode ter acesso a uma taxa de juros mais baixa se contratar um cartão de crédito, um seguro ou um título de capitalização.

Vale lembrar que essa prática é proibida! Ademais, pagar por um produto adicional pode fazer o desconto cair por terra.

Conclusão

Todas as orientações repassadas nesse artigo são fundamentais para que você consiga fazer uma boa renegociação de dívidas com os seus credores e pagar os menores valores possíveis.

Contudo, antes mesmo de partir para uma renegociação, é essencial que você saiba quanto terá disponível mensalmente para quitar suas contas a pagar.

Por isso, a sugestão é que, se você ainda não usa, comece a utilizar agora mesmo um aplicativo de controle financeiro ou uma planilha.

Dessa maneira, você conseguirá ter uma visão ampla das suas finanças, saberá onde poderá cortar gastos, terá mais facilidade para poupar dinheiro e, consequentemente, aumentará bastante sua capacidade de pagamento.

A partir daí, sabendo quanto poderá reservar por mês para acabar com as dívidas, fica muito mais fácil renegociar e conseguir melhores condições.

  1. Maria da

    Eu estou devendo o Itaú Unibanco e chamaram para negociar e quando vi já tinha passado a data. Preciso falar com o Itaú novamente quero renegociar a dívida com eles.

  2. Jair de

    Olá amigos! Esse artigo é muito bom, levando em conta que sem saúde financeira assim como efeito dominó, outros problemas vem juntos, não é o maís importante porém e essencial para ter uma vida equilibrada, me ajudou muito, obrigado e parabéns!

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