Como minerar criptomoedas? Vale a pena fazer em casa?

Entenda como minerar criptomoedas em casa, quais os equipamentos necessários e veja se vale a pena realizar essa atividade.

Escrito por Melissa Nunes

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Embora os investimentos em moedas digitais tenham atingido um nível considerável de popularidade no mercado, muitos também buscam como minerar criptomoedas. Afinal, essa operação permite receber ativos sem precisar aplicar recursos.

No entanto, o procedimento necessário para receber essa recompensa é complexo e, muitas vezes, demorado, especialmente com o número crescente de adesões nos últimos anos.

Por esse motivo, pessoas que se interessam pela atividade devem entender como ela funciona em detalhes, de forma concreta, para saber o que é preciso em termos de recursos e investimentos.

Assim, se você deseja participar desse segmento e começar a descriptografar códigos, veja como minerar criptomoedas de modo eficiente, e saiba o que é necessário para ter um centro de mineração completo na sua casa.

O que é e como funciona a mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas é uma operação que permite aos usuários receber frações de novas moedas como recompensa pelo trabalho de resolução de criptografias complexas na rede blockchain.

Como o nome indica, esse processo é semelhante à mineração de ouro, por exemplo, onde os mineradores escavam e garimpam a terra em busca de pepitas. Na teoria, a atividade é semelhante, mas ocorre de forma totalmente digital.

Uma vez que as criptomoedas são ativos que existem somente no ambiente virtual, suas formas de negociação e transferência também dependem da internet. Entretanto, novas moedas não surgem apenas por programação, como ocorre com o capital físico convencional, onde novas notas são impressas, de acordo com seu lastro.

Para que o mercado receba ativos além dos que já estão em transação, é necessário que os mineradores recebam novas criptomoedas, por meio da atividade de mineração.

Como funciona a mineração?

Por não serem controlados por nenhum tipo de governo ou instituição financeira, as moedas digitais são monitoradas pelos próprios usuários dentro da rede blockchain, a tecnologia de criptografia que permite transações com esses recursos.

Toda movimentação que envolve uma criptomoeda é criptografada e lançada na rede, que funciona como um grande livro-razão. Nele, estão todas as linhas de código com informações sobre os titulares, sobre a operação e sobre o que foi feito com a moeda.

Por exemplo, se o titular A vende sua criptomoeda para B, isso gera um novo bloco de códigos criptografados. Posteriormente, se B vender sua moeda para C, isso também será computado na rede.

Esses blocos são anexados uns aos outros dentro da rede, gerando uma “corrente de blocos”, o que atribui o nome da tecnologia. Para validar as transações, é necessário que os próprios usuários confiram esses blocos e autentiquem seus dados.

No entanto, por conta da segurança, os blocos são protegidos com códigos avançados, sendo necessário resolver complexas fórmulas matemáticas para descriptografar o bloco. Além disso, cada informação fica atrelada ao bloco anterior, dificultando, mais ainda, o acesso integral à informação.

O trabalho dos mineradores é, justamente, realizar a resolução desses problemas matemáticos para encontrar a solução dos códigos e liberar os blocos.

Cada bloco liberado completa uma parte do protocolo, e, quando o protocolo for validado totalmente, o minerador responsável recebe uma “prova de trabalho”, ou seja, uma recompensa pela sua atividade.

Essa recompensa são novas unidades de moedas digitais. Dessa forma, aprender como minerar criptomoedas é a única forma de criar esses ativos na rede. No futuro, as movimentações dessas criptos irão gerar novos blocos, mantendo o ciclo de operação.

Como minerar criptomoedas

Depois de conhecer mais sobre essa operação, muitos investidores se interessam por aprender como minerar criptomoedas, uma vez que é possível receber novas unidades pelo trabalho, sem precisar aplicar recursos de forma convencional.

Contudo, existem algumas condições quanto a esse procedimento, que podem influenciar no resultado, além de exigir determinados componentes que elevam o custo de investimento para a atividade.

Como minerar criptomoedas em casa? É possível?

Em um primeiro momento, o que atrai a atenção de muitos investidores é a possibilidade de aprender como minerar criptomoedas em casa. Isso porque não é necessário alugar outros locais para realizar essa atividade, sendo possível instalar os devidos equipamentos na sua residência.

No entanto, existem alguns requisitos necessários para implementar essa operação. Afinal, aparelhos comuns não são capazes de suportar as leituras que os programas de mineração realizam, podendo travar, e, em alguns casos, inutilizar o computador usado.

Dessa forma, para aprender como minerar criptomoedas em casa, é fundamental ter uma placa de vídeo apropriada, além de um computador potente, além dos padrões convencionais de uso diário.

Além disso, outro requisito necessário para realizar a mineração de moedas digitais, em qualquer lugar, é a energia elétrica. Uma vez que os programas demandam muita eletricidade para operarem ininterruptamente, é recomendável ter um fornecimento eficiente de energia.

Assim, é possível minerar criptomoedas em casa, desde que exista a providência das condições básicas de operação.

Programas de mineração

Além do hardware, o computador onde se realizam as atividades, para aprender como minerar criptomoedas, também é essencial implementar um software especializado. Trata-se de um programa de computador que permite ao investidor se conectar com a blockchain e acessar os blocos de códigos que precisam ser descriptografados.

Ter um programa eficiente assegura que a máquina continuará se comunicando com a rede sem falhas, a fim de encontrar os blocos e realizar a leitura dos problemas matemáticos que devem ser resolvidos.

Além disso, diversos programas de mineração trazem estatísticas e relatórios sobre o rendimento médio da sua máquina, algo importante para saber se o processo está acontecendo como deveria.

Alguns exemplos de programas disponíveis atualmente na internet são:

CGMinerO CGMiner é um dos mais antigos softwares de mineração, escrito na linguagem de programação C, que o torna compatível com a maioria dos hardwares
Esse programa se baseia em uma única linha de comando, e traz recursos de controle de ventoinhas de resfriamento, monitoramento de desempenho e capacidades de uso de interfaces remotas.
BFGMinerO BFGMiner é conhecido pela possibilidade de customização, também escrito em C, e possui compatibilidade com hardwares FPGA/ASIC, trazendo opções completas de monitoramento. 
A interface é pouco chamativa, mas ele é conhecido pelo foco na eficiência e por permitir ajustes finos de todas as etapas do processo, para usuários mais experientes.
EasyMinerEnquanto isso, o EasyMiner é uma boa opção para quem está começando a aprender como minerar criptomoedas. Ele é um programa de código aberto, com interface gráfica e intuitiva.
Seu suporte permite diferentes tipos de mineração, para trabalhos individuais ou coletivos. No entanto, trabalha exclusivamente com Windows.
Awesome MinerPor fim, o Awesome Miner é uma opção para quem tem mais de uma máquina dedicada à mineração, pois seu suporte aceita até 50 hardwares conectados.
Também é compatível com Windows e Linux, e possui uma interface online que permite o acesso por smartphones, tablets e outros aparelhos eletrônicos.

Mineração em nuvem

Por outro lado, a mineração em nuvem também pode ser uma alternativa para quem está começando. Dessa forma, não é necessário investir em um hardware próprio, podendo utilizar a computação virtual para realizar suas atividades.

Para isso, basta ter um provedor de mineração em nuvem, e a maioria das alternativas disponíveis na internet acompanham ferramentas de investimento dentro da própria plataforma.

Assim, quanto mais investir, mais fácil será encontrar as recompensas. Além disso, a mineração em nuvem já acompanha fazendas estabelecidas, e o investidor pode pagar para ser inserido dentro de um esquema de mineração em larga escala, tornando seu trabalho ainda mais simples.

Pool de mineração

Ainda, para quem está aprendendo como minerar criptomoedas, é possível investir em uma pool de mineração.

Atualmente, realizar essa atividade de forma individual é um processo mais complicado, especialmente por conta das fazendas de mineração, que possuem inúmeras máquinas trabalhando de forma ininterrupta.

Com isso, os investidores podem se reunir com outros mineradores e montar uma “pool de mineração”, onde eles oferecem seu poder de processamento e softwares mais avançados para realizar as resoluções de criptografia. Se encontrarem um resultado, o ganho final é dividido entre os membros.

Quanto custa minerar criptomoedas?

Outro ponto de análise fundamental são os custos que envolvem a mineração de criptomoedas.

Em um primeiro momento, o investidor deverá adquirir uma máquina adequada, com uma placa de processamento mais potente. Os valores variam de acordo com o equipamento e a marca desejados, mas os preços são consideravelmente altos no Brasil, mesmo para importação.

Enquanto isso, muitos alertam para o preço da energia elétrica, pois os programas demandam um consumo maior para permanecerem rodando.

Por esse motivo, é importante conferir os gastos para mineração, que podem exceder os ganhos de criptomoedas, caso o computador resolva as criptografias.

Como minerar de graça?

Enquanto isso, alguns investidores buscam como minerar criptomoedas de graça. Atualmente, existem sites e aplicativos que distribuem pequenas frações sem custos. Isso porque algumas criptomoedas podem ser divididas em unidades menores, como o Bitcoin, que é composto por 100 milhões de satoshis (a unidade que é distribuída).

Alguns exemplos, são:

  • o Freebitco.in atua como uma espécie de loteria virtual, e oferece bônus em Bitcoins por hora. No site, existe a possibilidade de multiplicar as moedas adquiridas em um jogo de cassino comprando bilhetes;
  • outro serviço semelhante é o 777Bitco.in, uma plataforma que distribui até 11 milhões de satoshis em um esquema semelhante;
  • ainda, existem alternativas como o Paidbooks, em que o usuário recebe 150 satoshis a cada 10 minutos por ler livros;
  • o Bitvisitor, por sua vez, oferece bônus em Bitcoins a cada cinco minutos, caso o usuário visite uma certa quantidade de sites.

Nesse caso, existem diversos jogos e serviços que trazem essas recompensas. No entanto, o valor é consideravelmente baixo, sendo preciso milhões de unidades para ter um Bitcoin inteiro.

Qual o equipamento necessário para a mineração?

A princípio, o equipamento mais importante para aprender como minerar criptomoedas é um hardware potente, com uma CPU e placas de vídeo mais eficientes.

Geralmente, as máquinas convencionais acompanham recursos para atividades do cotidiano. Por outro lado, usuários gamers, por exemplo, já buscam investir em aparelhos um pouco mais elaborados, por conta das necessidades gráficas e de processamento.

Nesse caso, para minerar criptomoedas, é necessário ter uma linha de equipamentos profissionais. O ideal é ter um aparelho conhecido como ASIC Miner, que traz características de hardware voltadas para a mineração de criptomoedas. 

Além de serem mais eficientes que peças genéricas, esses dispositivos também consomem uma quantidade menor de energia elétrica, tornando os resultados um pouco mais lucrativos.

No entanto, o valor dessas máquinas é elevado no Brasil, ultrapassando R$ 10 mil.

Carteiras de Bitcoin

Além dos equipamentos, para aprender como minerar criptomoedas, também é necessário ter uma carteira virtual que possa armazenar e transferir os recebimentos.

Nesse caso, é possível abrir uma carteira de Bitcoin, que permite gerenciar todas as unidades e ativar uma chave pública que reconhece a identidade do investidor dentro da rede blockchain. Essas chaves permitem que qualquer pessoa veja quem é o minerador que decodificou o bloco, enquanto a carteira trabalha com uma chave privada que guarda as unidades de Bitcoin assim que elas são transferidas.

Existem diversas opções de carteiras de Bitcoin e outras criptomoedas no mercado, com algumas baseadas no ambiente online, e outras armazenadas diretamente no hardware do investidor.

Além disso, sites como o Bitcoin.org possuem sistemas que sugerem a opção mais viável, dependendo do nível de experiência do minerador com o mercado e quais os recursos de segurança e comodidades que ele deseja.


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Quais criptomoedas podem ser mineradas?

Além do Bitcoin, existem outras alternativas de criptomoedas que podem ser mineradas pelo mesmo processo.

Basicamente, qualquer moeda virtual que esteja dentro da blockchain e siga os mesmos procedimentos de descriptografia podem passar pelo processo de mineração convencional. Isso inclui diversos nomes conhecidos no mercado, como:

  • Ethereum;
  • Ravencoin (RVN);
  • Ethereum Classic (ETC);
  • Zcash (ZEC);
  • Monero (XMR);
  • Dogecoin (DOGE).

Basta que o investidor conheça as etapas de cada moeda que deseja receber e realize a decodificação dos blocos de transição do recurso para receber sua recompensa.

Quanto dá para lucrar?

Por fim, muitos se interessam em aprender como minerar criptomoedas por conta dos lucros que esse processo oferece.

Atualmente, para a mineração mais conhecida, o recebimento pode chegar até 6,25 bitcoins. Em outras palavras, cada protocolo devidamente validado e decodificado pode gerar até seis novas unidades de criptomoeda, que passam a ser propriedade do investidor.

No entanto, nem todas as transações geram esse valor, sendo necessário ter sorte e velocidade para descriptografar a maior quantidade de blocos de código possível.

Além disso, vale a pena destacar que a recompensa em bitcoin foi sendo reduzida ao longo dos anos. Em 2009, quando a mineração começou a acontecer, era possível ter recompensas de até 50 bitcoins por codificação.

A última alteração, feita em 2020, baixou o número para 6,25 criptos. Uma determinação do criador da moeda indica que essa redução deve acontecer a cada quatro anos, para manter a valorização e procura pela moeda.

Ainda, existe um total de 21 milhões de bitcoins disponíveis, de acordo com o desenvolvedor da moeda. De acordo com dados recentes, foram gerados quase 19 milhões até o momento. Dessa forma, a mineração dessa criptomoeda se tornará cada vez mais complexa, com cada vez menos recompensas.

Vale a pena minerar criptomoedas?

Por fim, depois de aprender como minerar criptomoedas, muitos questionam se vale a pena realizar essa operação.

Embora as moedas digitais sejam populares no mercado, seus altos valores as tornam pouco acessíveis para a maioria dos perfis. Nesse caso, usuários que se interessam por tecnologia podem optar por alternativas que permitam receber novas unidades como recompensa.

Entretanto, o procedimento é complexo, e demanda uma série de equipamentos profissionais, investimento em máquinas e custos que podem ser elevados, como a energia elétrica necessária para rodar os programas.

Sendo assim, antes de aprender como minerar criptomoedas e colocar esse plano em prática, é importante definir se os seus conhecimentos são suficientes para gerar resultados positivos. Caso contrário, os custos irão sobressair as possíveis recompensas, além de ser trabalhoso e levar tempo para encontrar as unidades em cada bloco.

Perguntas frequentes

  1. É possível minerar criptomoedas pelo celular?

    Sim, alguns programas de mineração permitem acesso pelo celular.

  2. Quanto tempo demora a mineração?

    O processo de mineração pode levar anos, dependendo da complexidade dos códigos de cada bloco. De forma geral, dependerá da potência da máquina e dos conhecimentos do minerador em tecnologia e programação.

  3. Quanto custa minerar criptomoedas?

    Minerar criptomoedas demanda um investimento em máquinas eficientes, que ultrapassam o valor de R$10 mil no Brasil, além dos gastos com energia elétrica, que também aumentam.

  4. Quanto ganha um minerador?

    Um minerador pode ganhar até 6,25 unidades de Bitcoin por recompensa. O valor de cada Bitcoin vai depender da cotação no momento, podendo variar consideravelmente.

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