CDB ou Tesouro Direto: qual o melhor investimento para você?

CDB ou Tesouro Direto? Se você está na dúvida sobre qual dos investimentos em renda fixa escolher, não deixe de ler esse artigo e se informar!

Escrito por Luana de Oliveira

Por que confiar no iDinheiro?

Responsabilidade editorial: Nosso editores são especialistas nas áreas e isentos nas avaliações e informações. Nosso objetivo é democratizar e simplificar o acesso a produtos e serviços financeiros sem viés. Conheça nosso código editorial.

Como ganhamos dinheiro?

Podemos ser comissionados pela divulgação e cliques nos parceiros. Isso também pode influenciar como alguns produtos aparecem na página, sempre com a devida identificação. Entenda como o site ganha dinheiro.

Política de Cookies: Nosso site utiliza cookies para estatísticas gerais do site e rastreamento de comissões de forma anônima. Nenhum dado pessoal é coletado sem seu consentimento. Conheça nossa política de privacidade.


CDB ou Tesouro Direto: qual o melhor investimento para você?

 

Se você chegou nesse artigo, provavelmente tem dúvidas sobre os investimentos CDB e Tesouro Direto. Apesar de ambos serem aplicações em renda fixa e apresentarem uma boa segurança, existem algumas características que são divergentes.

Assim, é necessário que você entenda todos os aspectos para que possa tomar uma decisão acertada acerca do seu dinheiro e de onde colocá-lo.

Por isso, nesse texto, vamos falar sobre como cada um desses investimentos funciona, suas características, semelhanças e diferenças e qual realmente vale a pena investir. Confira!

O que é CDB – Certificado de Depósito Bancário

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um investimento de renda fixa de baixo risco. No geral, esta aplicação funciona como uma forma de emprestar dinheiro ao banco para financiar atividades internas. Assim, no final do período estipulado, o investidor recebe o capital acrescido de juros.

É possível encontrar esse tipo de ativo disponível em Corretoras de Valores, Bancos e outras instituições financeiras. Seu rendimento costuma ser maior do que o da poupança, porém, às vezes, não é possível sabê-lo com exatidão. Isso acontece pois sua rentabilidade depende de alguns fatores, como tipo de taxa, quantidade investida, prazo de vencimento, entre outros.

Como investir em CDB

Para investir em CDB é bem simples:

  1. Escolha a instituição financeira onde deseja realizar o investimento;
  2. Após a abertura de conta, transfira um valor monetário para iniciar as operações;
  3. Em seguida, escolha o CDB que deseja investir;
  4. Com o ativo escolhido, basta fazer a aplicação. Pronto!

Vale ressaltar que os títulos do CDB podem apresentar diferentes características, como, por exemplo, o seu prazo de vencimento. Por causa disso, você tem a opção de escolher CDBs que permitem resgate a qualquer momento – conhecidos como liquidez diária – ou então aqueles que precisam ficar um tempo maior na carteira de investimentos, pois só são resgatáveis no vencimento.

É muito simples investir no CDB, mas, para garantir uma boa rentabilidade, a nossa indicação é que você conheça melhor como esses títulos funcionam.

Rendimento do CDB

O CDB disponibiliza três tipos de títulos: prefixado, pós-fixado e o híbrido. Conheça cada um:

  • Prefixado: você conhece o rendimento no momento da aplicação;
  • Pós-fixado: o rendimento deste título é conhecido apenas no final do período acordado, pois a sua rentabilidade está atrelada a um índice econômico, como o CDI.
  • Híbrido: é a união da rentabilidade prefixada com pós-fixada. Para este título, normalmente o seu rendimento acompanha o índice IPCA, isto é, a inflação.

Valor mínimo para investir

Para iniciar os seus investimentos no CDB, não é preciso ter uma grande quantidade de dinheiro. Você consegue encontrar títulos que permitem aportes a partir de R$ 1,00 até os mais comuns, que giram em torno de R$ 100,00.

Vale a pena pesquisar, principalmente nas corretoras, os títulos disponíveis e suas características, pois há bastante diversidade em relação ao valor mínimo de investimento.

É claro que, quanto maior o montante de entrada, melhor será a rentabilidade. Mas, mesmo quem possui pouco dinheiro para investir, pode conseguir lucros interessantes, inclusive melhores do que o retorno da poupança.

Tributação no CDB

O Imposto de Renda (IR) incide apenas sobre a rentabilidade de um CDB. A tributação segue a tabela regressiva abaixo, assim, o imposto a ser pago diminui conforme o tempo do investimento.

tabela regressiva do imposto de renda
Tabela regressiva do imposto de renda

A rentabilidade do CDB também sofre tributação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em situações onde o investidor resgata o título antes de 30 dias de operação. Esse imposto é zerado ao fim desse prazo.

Riscos ao investir em CDB

O maior risco ligado ao CDB é o risco de crédito (ou calote). Isto é, caso a instituição financeira que emitiu o título quebre e você não conseguir receber o seu dinheiro de volta.

Mesmo que exista esta possibilidade, o investidor conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Este fundo garante a devolução do seu dinheiro em até R$ 250 mil por CPF e por conglomerado financeiro, não ultrapassando R$ 1 milhão por investidor a cada 4 anos.

Vantagens do Certificado de Depósito Bancário

Existem diversas vantagens ligadas ao CDB, pois ele é um investimento relativamente simples e de fácil acesso. Podemos destacar alguns pontos, como:

  • os títulos do CDB podem ser utilizados como margem de garantia para investir em ações na Bolsa de Valores;
  • você encontra no mercado títulos com diversos prazos e rentabilidades. Com isso, você pode escolher a opção que melhor se adequa aos seus objetivos;
  • é um investimento bastante seguro, pois conta com a garantia do FGC;
  • em alguns casos, é possível resgatar o seu dinheiro antes da data de vencimento;
  • pode ser uma ótima alternativa para quem procura diversificar a carteira e garantir rendimentos melhores que a poupança.

O que é Tesouro Direto

O Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro da renda fixa. O Tesouro Nacional é o responsável por este título, que começou a ser emitido em 2002 e vem se popularizando cada vez mais nos últimos anos.

Como funciona o investimento no Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um programa do governo para financiar a dívida pública. Quando você compra títulos públicos, significa que está emprestando seu dinheiro ao governo para que o mesmo financie sua dívida e execute suas atividades de planejamento.

No prazo estipulado, o governo devolve o seu capital acrescido dos juros oferecidos na aplicação.

A rentabilidade do Tesouro Direto

Os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto são baseados na taxa básica de juros (Selic), na inflação (IPCA) ou em uma taxa fixa:

  • Prefixado (Tesouro Prefixado): a taxa de rentabilidade fica acordada no momento do investimento;
  • Pós-fixado (Tesouro Selic) : o rendimento deste título acompanha a movimentação da taxa Selic ao longo do tempo;
  • Atrelado à inflação (Tesouro IPCA+): uma parte da rentabilidade é pós-fixada e acompanha as variações da inflação, enquanto a outra parte é prefixada e não muda.

Temos ainda os títulos Tesouro prefixado com juros semestrais e Tesouro IPCA+ com juros semestrais que possuem esse nome pois devolvem, ao investidor, o acumulado em juros a cada 6 meses.

Ao consultar os títulos disponíveis para compra no site do Tesouro Direto, você também verá que eles apresentam uma data junto aos nomes. Essas datas representam o ano de vencimento dos títulos, que é quando o dinheiro retorna para sua conta acrescido dos juros.

Custos para investir nos títulos públicos

Existem dois custos principais para investir no Tesouro Direto: a taxa de custódia e a taxa de administração.

Taxa de custódia (0,25% ao ano): taxa cobrada pela Bolsa de Valores para custodiar seus títulos (exceto para montantes de até R$ 10 mil no Tesouro Selic);

Taxa de administração: cobrada pelos serviços do agente de custódia (bancos e corretoras de valores) e o valor varia de instituição para instituição. Porém, a maioria das instituições já não possui mais esse custo.

Tributação do Tesouro Direto

A tributação nos títulos públicos é semelhante àquela cobrada no CDB, sendo apenas sobre o rendimento.

Os títulos do Tesouro sofrem incidência do Imposto de Renda, retido na fonte e seguindo a tabela regressiva (veja imagem mais acima).

Já o IOF é cobrado apenas em aplicações que duram menos de 30 dias, também em tributação regressiva, que começa em 96% sobre o rendimento, após um dia de investimento, e chega a zero no 30º dia após a aplicação.

Riscos ao investir no Tesouro Direto

Apesar dos investimentos em renda fixa serem conhecidos pela sua segurança e modelo mais conservador, a maioria possui um tipo de seguro, como o FGC.

Entretanto, o Tesouro Direito não utiliza o FGC como garantia, pois os títulos públicos possuem a garantia do próprio governo. Isso quer dizer que a segurança acaba sendo até mesmo maior, visto que a possibilidade de o governo não arcar com o combinado é quase inexistente.

Vale destacar, ainda, que existe a possibilidade de perda de capital, caso você decida resgatar seu título antes da data de vencimento. Isso acontece porque os títulos do Tesouro Direto sofrem variações diárias de preço, por isso, as flutuações são normais. Porém, caso você deixe seu dinheiro investido até o fim do prazo, a rentabilidade acordada no momento da compra do título é garantida e não haverá perdas.

Vantagens do Tesouro Direto

Além de ser o investimento mais seguro do país, podemos destacar que o Tesouro Direto:

  • é uma ótima aplicação para diversificar a sua carteira de investimentos;
  • pode ser usado como margem de garantia para investir em ações na Bolsa;
  • possui a garantia do Tesouro Nacional, ou seja, do Governo Federal;
  • a aplicação possui custos muito baixos se comparado aos fundos de investimentos em renda fixa;
  • possui um bom nível de previsibilidade, desde que você fique com o título até o vencimento;

CDB ou Tesouro Direto: qual é o melhor?

O CDB e o Tesouro Direto são títulos de renda fixa com características muito semelhantes. No entanto, para conseguir fazer a escolha da aplicação, será preciso avaliar a sua estratégia e qual o seu objetivo financeiro.

O que podemos concluir é que não existe uma aplicação melhor. Portanto, o nosso conselho é que seja feita uma avaliação sobre suas próprias necessidades em paralelo com as características de cada aplicação. Ainda assim, é possível que você chegue a conclusão de que os dois tipos de investimento podem atender aos seus objetivos e não há problema nisso.

Enfim, nossa recomendação é que você coloque tudo no papel para conseguir tomar uma decisão acertada. Mas, caso ainda esteja com dúvidas, vale a pena bater um papo com um especialista da corretora ou banco onde possui cadastro.

BÔNUS: a importância de ter uma carteira diversificada

A diversificação da carteira de investimento é fundamental para os investidores que procuram construir estratégias de sucesso. Isto porque, aplicando o seu dinheiro em ativos de diferentes classes de investimento (como CDBs e títulos públicos), você consegue reduzir os riscos de perda, garantindo mais estabilidade nos rendimentos.

Apesar de hoje em dia ser muito fácil construir uma carteira diversificada, recomendamos que tudo seja feito com muita cautela e análise. Afinal, os investimentos escolhidos precisam estar atrelados ao seu objetivo e expectativa financeira.

O que levar em conta antes de começar a investir

Como já abordamos nesse artigo, investir o seu dinheiro em ativos demanda boas escolhas. E, mesmo que você sinta dificuldade em fazer a seleção das aplicações, não precisa, necessariamente, ficar dependente das orientações de um analista ou economista.

Para começar a investir, primeiramente você precisa levar em consideração alguns pontos para não fazer péssimas escolhas, e que podem impactar no resultado financeiro.

Separamos, abaixo, algumas dicas para te ajudar nesse raciocínio.

  • Entenda qual é o seu perfil investidor: conservador, moderado ou agressivo?
  • Qual o prazo que está disposto a investir o seu dinheiro: curto, médio ou longo prazo?
  • Tenha em mente o objetivo deste investimento: comprar um carro? Aposentadoria? Viagem no fim do ano?
  • Qual o valor que você está direcionando para as aplicações? R$5 mil? R$20 mil?
  • Quais são as taxas e tributações que estão atreladas ao investimento escolhido?
  • Existe algum risco sobre o ativo selecionado?

Todas essas questões auxiliam você a ter mais clareza sobre onde colocar seu dinheiro e facilitam o processo de escolha do investimento, pois restringem as características a serem procuradas.

Conclusão

Neste artigo, nós explicamos as principais características dos investimentos de renda fixa: CDB e Tesouro Direto. Com atributos bastante semelhantes, podemos dizer que essas duas aplicações são indicadas para quem busca bons rendimentos sem abrir mão da segurança.

Mas para fazer a escolha do investimento que realmente vale a pena, não se esqueça de pesquisar e fazer uma análise bem criteriosa sobre o ativo com o seu objetivo financeiro. Apenas com esse estudo você conseguirá tomar a melhor decisão para o seu dinheiro.

Ainda assim, é muito comum que ainda fiquem dúvidas sobre as questões abordadas acima. Por isso, caso seja necessário, deixe nos comentários os seus questionamentos. Será um prazer poder te ajudar nesta sua jornada financeira!

Para te ajudar nesse estudo, que tal assinar a newsletter do iDinheiro? Você vai receber conteúdos com grande riqueza de informações sobre os investimentos ofertados na Bolsa de Valores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Participe das comunidades do iDinheiro no Whatsapp