Aproximadamente 9,8 milhões de pessoas aderiram à bancarização na pandemia, impulsionadas principalmente pelo recebimento do auxílio emergencial por meio de contas digitais. O Banco Central divulgou esses números.
Mesmo assim, a inclusão financeira ainda é vista como um desafio para as autoridades monetárias. Isso principalmente às vésperas do lançamento do PIX, sistema de pagamento instantâneo com lançamento marcado para 16 de novembro.
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Segundo especialistas, os benefícios distribuídos pelo governo para o combate aos impactos econômicos provocados pela Covid-19 foram determinantes para o aumento de produtos financeiros no mercado.
“A parcela dos benefícios na introdução dos brasileiros às contas bancárias digitais foi determinante. Afinal, se você não fosse bancarizado, não teria direito ao recebimento do valor distribuído”, disse o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Autorais e Financeiras (Fipecafi), Estevão Garcia, à Folha de S. Paulo.
Bancarização na pandemia – Entenda os números
Até fevereiro de 2020, último mês fechado antes da pandemia da Covid-19, eram aproximadamente 165,6 milhões de brasileiros bancarizados. Esses tinham algum tipo de relacionamento com instituições bancárias, desde contas bancárias a produtos de investimentos.
Atualmente, são cerca de 175,4 milhões de pessoas que utilizam pelo menos um serviço financeiro relacionado à uma instituição do segmento.
Os números se tornam ainda mais expressivos quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Em 2019, o crescimento de novas pessoas aderindo a produtos bancários foi de 3,5 milhões.
Benefícios da inclusão financeira
Garcia acredita que o avanço da bancarização na pandemia e no longo prazo será inevitável, já que o mercado foi acelerado pelas condições impostas.
“A ordem natural das coisas é a de que a dependência do dinheiro físico se torne cada vez menor com o passar dos anos. Mesmo os idosos, que não possuem tanta familiaridade com os recursos tecnológicos, precisaram se inserir neste universo”, analisa em entrevista à Folha.
A especialista em Banking e professora de direito da Universidade Mackenzie, Cíntia Cárnio, acredita que essa inclusão financeira trará benefícios a longo prazo para o setor.
“Estamos falando de um contexto educativo e social, onde as oportunidades do mercado financeiro e a educação sobre o assunto se tornarão cada vez maiores”, complementa.
A ideia é a de que essas novas pessoas bancarizadas mantenham seus serviços em funcionamento mesmo após o término do recebimento de benefícios, já que a utilização já estará fazendo parte de seu cotidiano.
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